“Até que o Rio nos Separe” de Charles Martin (OPINIÃO)

Existem livros que não são para ser simplesmente lidos. São para ser apreciados. Degustados. Interiorizados. Até podem ter uma capa lindíssima, uma promessa de história maravilhosa, mas é o conteúdo que ultrapassa largamente qualquer espetativa. Tira-nos o coração do sítio e coloca-lo nas nossas mãos. Quantos livros passam por nós sem que lhes dediquemos um segundo olhar? Se não for alguém a no-lo recomendar não há como sabermos. Por isso tenho primeiramente de agradecer a uma amiga, não só pela oportunidade – o empréstimo é dela – mas também pela recomendação. É sem dúvida um livro ímpar.
tativa.

E já vos aconteceu terminar um livro e sentirem-se em paz? Foi o que me aconteceu com “Até que o Rio nos Separe” de Charles Martin, o mesmo autor do livro “A Montanha Entre Nós”. A história está muito bem resumida na sinopse (podem ler aqui) , mas desenganem-se, pois não há um pingo de lamechice. É uma história poderosa sobre um problema que assola milhares e milhares de pessoas. De tal forma que já chega a ser menorizado. Apesar de tanto o percurso do seu tratamento serem das coisas mais horríveis para se submeter um ser vivo, como até poder haver um desfecho menos feliz, na grande maioria das vezes.

“Até que o Rio nos Separe” leva-nos em duas viagens. Numa ficamos a conhecer o percurso de Abbie e Doss após um diagnóstico de cancro de mama, noutra ficamos a conhecer o amor de Abbie e Doss, quem eram antes de se conhecerem e como evoluiu o seu amor. A narrativa é feita na primeira pessoa, na voz de Doss, e o autor optou por alternar os capítulos com esses saltos temporais, até que se unem no presente.

Dizer que é uma leitura fácil, não seria verdade, mas confesso que também não achei uma difícil. Achei sim que foi uma das leituras mais belas que já li relacionadas com este tema. Uma leitura que nos preenche, ensina, e dá sentido à vida sob um ponto de vista bem diferente. Adorei.
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