Em destaque: "A Mãe Terra" de Jean M. Auel


Uma das mais populares sagas sobre a Europa Pré-Histórica. Um extraordinário fenómeno literário que combina o rigor científico com uma imaginação prodigiosa.

Sinopse:
Para se tornar na líder espiritual do seu povo, Ayla empreende uma emocionante viagem na qual descobrirá o fascínio e o misticismo das cavernas sagradas e das suas pinturas rupestres. Há muitos anos, Ayla foi expulsa do Clã do Urso das Cavernas. Sozinha, viajou pelo continente europeu, conhecendo novos povos e hábitos, até que finalmente encontrou Jondalar, a sua alma gémea. Juntos, estabelecem-se na Nona Caverna — o abrigo de pedra que era o lar de Jondalar —, com a sua bebé, Jonayla, e os restantes membros do clã. Ayla foi escolhida como acólita e embarcou na árdua tarefa de se tornar líder espiritual e curandeira, que tenta conciliar com as suas ocupações de jovem mãe. Ayla e Jondalar não tardam a enfrentar novos desafios, dadas as dificuldades de sobrevivência na época, mas a sua prioridade é cuidar da filha e do bem-estar dos seus animais: Lobo e os três cavalos, Whinney, Racer e Gray. 
À medida que Ayla se embrenha na aprendizagem espiritual, sente-se cada vez mais só e com saudades da família. Os ritos aproximam-na perigosamente da morte, mas é graças a eles que Ayla recebe o Dom do Conhecimento, uma revelação tão importante sobre a procriação humana que irá mudar o mundo para sempre. 
Caçadas, cerimónias sagradas e ritos matrimoniais são apenas alguns dos episódios que Jean Auel retrata com mestria. A autora reconstrói o modo de vida na Pré-História e faz deste livro uma criação histórica cativante, rigorosa e inesquecível.

Críticas de Imprensa:

«Uma perspetiva magistral da cultura humana. (…) Apaixonante, imaginativa e consistente.» The New York Times

«Uma obra meticulosamente documentada e fascinante.» The Guardian

«Esta obra revela uma imaginação excecional.» El País

«Uma história poderosa… Jean Auel tem uma imaginação extraordinária.» The New York Times Book Review 

Baseado numa intensa pesquisa da autora, que visitou vários locais Pré-Históricos, nomeadamente em Portugal, "A Mãe Terra" apresenta um retrato rigoroso e fascinante do modo de vida na Europa entre 35 e 25 mil anos a. C.


Para quem não conhece a autora Jean M. Auel, aqui fica uma breve entrevista:

É conhecida mundialmente pelo rigor científico com que escreve acerca das suas investigações arqueológicas. Quais são as suas fontes?
A maior parte da informação resulta de horas e horas de trabalho em bibliotecas, mas também tenho aprendido muito perguntando, frequentando cursos e viajando. Participei, por exemplo, num curso de sobrevivência no Ártico e num outro sobre os indígenas, em que aprendi, por um lado, como viviam e, por outro, como preservar a pele de veado e aproveitá-la para criar peças de vestuário. Frequentei igualmente alguns seminários para aprender a identificar plantas silvestres e também um curso de cozinha em que aprendi a utilizá-las. As capacidades da Ayla enquanto curandeira resultam de aprendizagens várias recolhidas em livros que ensinam a prestar os primeiros socorros, em manuais sobre ervas medicinais e naquilo que aprendi ao longo do tempo com médicos, enfermeiras, paramédicos, etc.

Neste livro, as pinturas rupestres ocupam um lugar de destaque. Visitou algumas das cavernas de que fala em A Mãe Terra?
Sim, visitei todas as cavernas descritas no livro e posso dizer que a sensação de ali estar é indescritível. No seu interior sente-se uma ligação muito forte com quem fez aquelas pinturas. Aliás, visitar esses locais faz parte do meu trabalho de investigação história, e é algo que me dá particular prazer. De todos os espaços que já tive oportunidade de visitar, destaco a visita ao Abrigo do Lagar Velho, na zona de Leiria, a primeira sepultura do Paleolítico Superior da Península Ibérica. Nesse local foi descoberto o «Menino do Lapedo», cujo esqueleto provou o contacto entre o homem de Neandertal e o Homem Moderno (Homo sapiens) e o cruzamento entre espécies.

Quanto de ficção e quanto de realidade encontramos na sua obra?
Embora baseados em factos reais, os meus livros são um trabalho de ficção. De há 30 000 anos restam-nos apenas alguns objetos feitos em pedra ou osso, ADN recolhido de alguns vestígios de sangue de animais ou pólen de plantas medicinais encontrados em túmulos dessa época.
É apaixonante investigar um esqueleto do Neandertal: estudando os seus ossos podemos descobrir, por exemplo, se o falecido perdera um olho quando era jovem, se fora amputado de um braço ou coxeava. Com estas características seria impossível, por exemplo, que este homem participasse na caça aos mamutes. E a partir daqui podemos questionar-nos: por que razão perdeu o braço? Quem lhe estancou a hemorragia? Como conseguiu sobreviver com estas limitações e chegar à velhice? Com certeza tinha alguém a seu lado, alguém que o amava. Ou será que a sua cultura protegia os mais débeis e desprotegidos? Em qualquer dos casos, facilmente se percebe que os nossos antepassados não eram brutos.

E depois deste livro, o que se segue?
Continuo a investigar e tenho já muitas ideias. Todavia, neste momento, não tenho qualquer plano em concreto. Mas não tenho dúvidas: vou continuar a escrever. 
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