Opinião: "O Império dos Homens Bons" de Tiago Rebelo

Tenho a ideia de que quando se faz algo com paixão, o resultado é sempre bom. E não há dúvida, Tiago Rebelo tem certamente uma paixão pela história dos seus antepassados, os Montanha, que de alguma forma deixaram o seu carimbo nas terras onde viveram.

Em 2006, em "O Tempo dos Amores Perfeitos", apresentou-nos a história do tenente Carlos Montanha, um oficial português numa Angola de tempos difíceis, e que caiu de amores por Leonor, filha do governador. Neste "O Império dos Homens Bons", é o dia-a-dia do Padre Joaquim Montanha que nos é apresentado. 

Com um extraordinário trabalho de pesquisa, e tendo como base o fabuloso diário que o Padre Montanha deixou e que se encontra conservado no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, Tiago Rebelo presenteia-nos com mais um pedaço de história de Portugal, sendo que esta personagem, um simples padre numa pequena localidade de Moçambique, acaba por se tornar numa figura muito importante nas relações diplomáticas entre portugueses e holandeses.
Um pormenor interessante é que mais uma vez o amor pontua este romance, e é novamente uma Leonor que se intromete na vida de um Montanha. Desta feita é uma escrava recém libertada pelo mesmo, e com quem vive uma relação obviamente proibida mas frutuosa (Leonor e Joaquim Montanha tiveram dois filhos).

Gostei desta leitura, e embora por vezes certos capítulos custassem a folhear, no fim valem a pena.
Recomendo.

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