"O dia em que te conheci" de Rowan Coleman (opinião)

Por vezes, apanho um livro que me toca especialmente. Talvez porque as personagens me soem demasiado parecidas com alguém que conheço, ou, pela situação que atravessam ser similar a uma realidade que conheço… Com este livro, posso dizer que a bomba caiu muito perto.

O tema está em todo o lado. É uma das doenças do nosso século. Não se limita a destruir uma pessoa. Apaga essa pessoa e tudo o que ela é. A doença de Alzheimer é assustadora. Perdi o meu pai dessa forma, e todas as irmãs dele seguiram o mesmo caminho… É provável que venha também a ser o meu destino, por isso sigo com interesse redobrado os avanços que vão acontecendo na medicina. Até lá vou lendo. ;)

Este livro é diferente de todos os que já li e que abordam este tema. É uma história que apesar de ter como acontecimento principal o Alzheimer precoce, doença que está a afetar a mãe da família, Claire, acaba por abordar outros temas importantes ligados à família e às relações familiares.

Escrito de uma forma absolutamente maravilhosa, é uma leitura que arrebatará o coração a qualquer um, na medida que se embarca numa verdadeira viagem de montanha-russa, com os seus altos e baixos, descidas abruptas e subidas bem lenta.

Não é de todo um livro lamechas, atenção! A autora conseguiu dar a volta à questão e apesar de mostrar bem a realidade de como tudo muda para alguém diagnosticado com Alzheimer e do drama por que passa a sua família, não nos deixa agarrados a uma caixa de lenços de papel. É lindo, pungente, mas muito realista.
Adorei. É um livro que vai viver no meu coração durante muito tempo.

P.S. Houve quem me perguntasse se era similar ao “O meu nome é Alice” ou “O Diário da nossa Paixão”. Completamente diferente! Muito mais completo do que o primeiro e bem mais realista que o segundo.


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