Opinião: "Marlene" de C. W. Gortner

 Este autor é daqueles que não desilude. Antes deste livro, li "Mademoiselle Channel" e "Lucrécia Borgia" e sinceramente, já cheguei à conclusão que tudo o que este homem escreva, eu vou querer ler. 

Gortner é um exímio contador de histórias, e todas as suas obras são fruto de um intenso trabalho de pesquisa, dando vida a personagens reais que deixaram a sua marca neste nosso mundo. É quase como um privilégio, entrarmos nas suas vidas pela mão deste autor, e ficarmos a conhecê-las intimamente, não só pelas histórias que deixaram, mas a sua personalidade, quem na realidade eram.

É esse o caso de Maria Magdalena Dietrich, mais conhecida por Marlene Dietrich. Neste magnífico trabalho, acompanhamos Marlene desde tenra idade, quando os seus sonhos ainda não alcançavam o seu potencial. Ficamos a conhecer a sua história familiar, o quanto ela influenciou as suas escolhas, o seu percurso na Alemanha e mais tarde em Hollywood. 

O autor consegue igualmente transmitir a realidade daqueles dias que antecederam a subida ao poder de Hitler, e as diferenças entre a Alemanha do antes e do depois. O que for ser alemã fora da Alemanha naquela altura, e como Marlene se tornou uma pedra no sapato de Hitler.

É sem dúvida um trabalho fenomenal, a qualidade da escrita a par e passo do rigor histórico. Adorei conhecer Marlene e recomendo a leitura deste livro sem hesitações!

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Deixo-vos a sinopse:

Criada num ambiente de relativa privação após a 1.ª Guerra Mundial, Maria Magdalena Dietrich, conhecida como Marlene, sempre sonhou com uma vida no palco. Quando a sua carreira como violinista é interrompida, Marlene decide desafiar as convenções sociais e forjar o seu próprio caminho. Envereda, assim, por um mundo boémio e desregrado ao atuar nos mais viciosos cabarés de Berlim. O seu estilo irreverente, a sua sensualidade e a sua voz única fazem de Marlene uma estrela.

Em 1933, quando os nazis ascendem ao poder, Marlene zarpa para a América, tornando-se uma das atrizes mais glamorosas de Hollywood, atuando junto a lendas como Gary Cooper, John Wayne e Cary Grant, e rivalizando com a enorme Greta Garbo. Manifestando sempre uma clara aversão ao regime nazi, Marlene decide pedir a cidadania americana e, quando o seu novo país entra na 2.ª Guerra Mundial, aceita deixar a América para atuar na linha da frente para milhares de soldados aliados.

Marlene parte como uma estrela, ansiosa por demonstrar o seu patriotismo, mas também por obter mais fama. Porém, o sangue derramado nos campos de guerra e o espetro de uma Alemanha devastada mudam-na para sempre.

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