"O Dia Em Que Te Perdi" de Lesley Pearse (OPINIÃO)

Estou sempre receosa que Lesley Pearse deixe de publicar livros. Há uns anos, quando tive a oportunidade de estar à conversa com ela durante algum tempo, confessou-me que andava cansada de escrever. Mas isto foi há quatro anos, e depois disso já publicou pelo menos uma mão cheia de livros! Esperemos que continue a escrever histórias maravilhosas que nos prendem e enchem o coração.

Em "O Dia Em Que Te Perdi" quer-me parecer que Lesley dá um certo abanão ao género. Ou seja, a parte de mistério que, desde quase sempre, tem sido uma presença constante nas suas histórias, assume neste livro uma presença mais marcante. Temos um adolescente desaparecido que deixa para trás uma irmã gémea, a mãe deles encontra-se internada num hospital psiquiátrico e o pai é um homem ausente, para além disso há uma estranha mulher ermita que se predispõe a ajudá-los. São ou não os ingredientes certos para uma boa história policial/thriller/mistério? Isto já para não falar do quão negro se torna à medida que a ação se vai desenrolando e corpos de miúdos raptados começam a surgir.

Para além disto, ou não fosse Lesley uma exímia contadora de histórias, há um lado mais sentimental, onde ela explora as relações entre os membros de uma família algo disfuncional e simultaneamente as dúvidas e problemas inerentes ao crescimento de uma adolescente nos anos sessenta.

As personagens são fabulosas e extremamente realistas, de tal forma, que não me admirava nada se ela se tivesse inspirado numa história real. Mas não, ao que parece há a menção a uma mulher, com algumas características comuns à mulher do bosque desta história, que existiu mesmo e que de alguma forma serviu de inspiração a Lesley.

Foi uma leitura muito cativante e mal consegui intervalar a leitura com as cenas habituais da vida. ;)
Recomendo! Lesley continua a ser uma das minhas autoras de eleição. 💛



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