"O Vale dos Segredos" de Charmian Hussey

Ao procurar a sinopse deste livro para a colocar aqui, cruzei-me com a opinião muito negativa de um outro leitor. Mesmo completamente contra aquilo que eu achei do mesmo! Vasculhei então um pouco mais e apercebi-me que na verdade mais algumas pessoas se sentiram um pouco desiludidas, e muitas influenciadas, afirmavam de imediato nem sequer ir dar-lhe oportunidade.
É óbvio que como tudo na vida, as opiniões podem divergir, e o que para uns é considerado mau, para outros talvez não. É o caso.
Achei este livrinho uma surpresa deveras interessante.

O livro deverá ter sido escrito por volta dos anos 70, não passando mais que uma história escrita por uma talentosa mãe, para o seu filho. Só muito mais tarde, e após uma prolongada estadia dentro de uma gaveta, foi descoberto e então publicado.
É um livro que tem de ser encarado como uma história para um público infanto-juvenil. Não se iludam pensando que como adultos o vão achar fascinante. Não. Têm de abrir os vossos olhos infantis, e recordar-se de como se sentiam quando os vossos pais ou avós vos contavam uma história... misteriosa.
Sinceramente apeteceu-me imenso ler este livro ao meu filho, e não sei se ainda não o hei-de fazer.
Se o lançamento deste livro coincidiu com o despertar para os problemas ambientais, nomeadamente a destruição da floresta amazónica, o timing foi perfeito.
A história em si é fascinante, um pouco inverosímel, é claro, mas que história fantástica não tem de o ser?
O suspense, a leitura dos diários que aos poucos vão revelando o mistério, os acontecimentos sem explicação aparente, tudo vai contribuindo para um crescendo, eficazmente atingido, quando finalmente se revela o segredo.
A meu ver, o filho de Charmian Hussey foi sem dúvida uma criança priveligeada, se as histórias que a mãe lhe contava eram assim.
Gostei.

Sinopse:
Stephen Lansbury crescera numa família de acolhimento, sabendo apenas que tinha sido abandonado em tenra idade. Já adolescente, é apanhado de surpresa quando um advogado o informa que o seu tio-avô lhe deixara em testamento uma propriedade na Cornualha.

Quando chega à antiquada mansão, à parte uma selva exuberante e exótica, não encontra ninguém para o receber. Mas de onde virá então aquela sensação de por vezes estar num palco e a ser observado por uma plateia invisível? Para escapar a essa arrepiante impressão, Stephen começa a ler o diário do seu antepassado, onde este registara as suas aventuras na selva amazónica, e descobre uma realidade que superará todos os limites da imaginação, a dele... e a do leitor.

Um romance intrigante e inspirador, que celebra a beleza e a magia do mundo natural e constitui um apelo à sua preservação. Um expoente na arte de contar histórias.
Em www.bertrand.pt

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