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"Amigas Para Sempre" de Fátima Lopes

Este é um livro interessante. Ou melhor dizendo, importante. Poderá fazer a diferença para muitas mulheres. Mulheres que vivem resignadas, angustiadas, tristes ou simplesmente solitárias.
Numa linguagem simples que torna a leitura rápida e fácil, Fátima Lopes conta-nos a história de quatro mulheres, amigas desde a adolescência que se juntam para o jantar de aniversário de uma delas. Mas o  que acontece naquele jantar é muito mais do que uma simples comemoração. Muito mais do que apenas um desabafo, cada uma delas vai colocar na mesa o que a angustia e sem que dêem por isso, a reviravolta de expor a nú o que lhes vai na alma, é muito maior do que se poderia imaginar.
São quatro histórias simples, conhecidas por todos nós na pessoa desta ou daquela amiga, mas nem por isso menos válidas ou verdadeiras. Quatro lições de vida que vale a pena conhecer.
Apesar da sua simplicidade, foi um livro que me tocou.
Obrigada D. Fátima Lopes.

Sinopse:
Há sempre tempo para mudar e para conseguir o que de melhor a vida tem para nos oferecer. Chega de viver a vida a meio gás. Com medo. Limitadas por barreiras que nós próprias construímos, mas que na verdade não existem. Quando se quer, a vida está sempre pronta para nos dar uma segunda oportunidade. Basta vivê-la, sem fazer batota.»

Ana, Joana e Raquel reúnem-se para comemorar os 40 anos de Carla. Mas o que se esperava ser, apenas, um jantar de aniversário animado entre amigas, cedo se transforma numa noite emocionante, onde se vão revelar segredos há muito escondidos e fazer descobertas surpreendentes que irão transformar para sempre as vidas de cada uma destas mulheres. Depois desta noite, Ana, Joana, Raquel e Carla não voltaram a ser as mesmas. Mas a amizade que as une vai-se tornar mais forte e sincera do que nunca.

Sobre a autora:
Fátima Lopes é um dos rostos mais conhecidos dos portugueses. O seu trabalho de vários anos tem sido reconhecido regularmente através de prémios como «Prémio Profissional do Ano» atribuído pelo Rotary Club de Setúbal-Sado, em 2007, o «Troféu da Verdade», atribuído pela revista Eles & Elas, em 2007, ou o prémio «Melhor Apresentadora de Entretenimento», atribuído pela Casa da Imprensa, em 2004. Em 2006, Fátima Lopes publicou o seu primeiro romance Amar Depois de Amar-te que vendeu cerca de 100 mil exemplares em Portugal, tornando-se num dos bestsellers de 2006. Em 2007, foi também editado em Espanha com grande sucesso. Editou Um pequeno Grande Amor e A Viagem de Luz e Quim. Atualmente, podemos vê-la na TVI, todas as tardes, no programa A Tarde é sua um programa à medida da sua apresentadora. A sua estreia em televisão aconteceu em 1994, na SIC, com o programa Perdoa-me. Seguiram-se os programas All You Need is Love, Surprise Show, Fátima Lopes, SIC 10 Horas e Fátima. Apresentou os desfiles Moda Paris e Moda Roma, Portugal Fashion e a Gala dos Globos de Ouro 2003, 2004 e 2005. Licenciada em Comunicação Social, Fátima Lopes estreou-se como cronista no Diário Popular e na Rádio Minuto e escreveu guiões para filmes institucionais.

"Não Fomos Nós Dois" de Tiago Gonçalves

De vez em quando gosto de experimentar um autor desconhecido e saborear a sua escrita na língua mãe de Camões. E por vezes tenho sorte. Apanho verdadeiras preciosidades, senão pela história, então pela forma como as palavras se encaixam umas nas outras.
Julgo que este é um desses casos.
A história, apesar de um pouco banal, está bem construída, e corre com fluidez perante os nossos olhos.
Só tenho um pequeno reparo a fazer, na minha opinião a mesma teria ficado mais rica caso o autor tivesse optado por um estilo de escrita diferente para cada uma das personagens. Mas de resto gostei imenso da sua maneira de escrever. Quer-me parecer que daqui a mais algum tempo teremos boas novidades sobre este autor. 

Sinopse:
O desespero de Júlio empurra-o para Mafalda, uma jovem mas experiente terapeuta habituada a lidar com inquietos desenquadrados sociais. A relação entre eles flui com a natural química de um aparente jogo predestinado, mas as suas convicções são tão diferentes como as suas personalidades.
A afinidade e complementaridade entre ambos é por demais evidente, mas será que os seus caminhos se juntarão ou, pelo contrário, eles nunca se aproximaram?
Nestas páginas não só poderá encontrar a resposta, mas também toda a história entre ambos, que alternam entre si a narração de como tudo se passou.
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Sobre o autor:
Tiago Gonçalves, jovem escritor de 25 anos, nasceu e cresceu no Porto, com horizontes abertos e gosto pela literatura desde a sua infância, crescendo à medida que os anos passavam. Licenciou-se em Sociologia na Faculdade de Letras do Porto, apurando o seu sentido crítico e analítica, pois durante toda a vida procurou aprender, conhecer e pensar, por si próprio. Em Novembro de 2010, lançou o seu primeiro livro, um conto, intitulado "De Uma Só Sorte" e um ano depois, foi publicado o seu segundo livro, a novela intitulado “Não Fomos Nós Dois”.

"A Sombra do Teu Sorriso" de Mary Higgins Clark

Mais um excelente policial da Rainha do Crime, Mary Higgins Clark!
Apesar de não ser uma das minhas autoras de policiais favoritas, tento não perder os livros que MHC publica pois costumam a ser policiais com alguma qualidade.
Este "A Sombra do Teu Sorriso" não foi excepção. A história está muito bem organizada e é-nos narrada de forma fluída e cativante. As personagens são, como habitualmente, muito variadas, e o enredo está engendrado de uma maneira fantástica levando-nos a querer saber como se desenrolará a acção. O final embora não nos surpreenda, agrada de sobremaneira. ;)
Gostei bastante.

Sinopse:
Aos oitenta e dois anos e com uma saúde frágil, Olivia sabe que não lhe resta muito tempo. É a última da sua descendência e enfrenta uma escolha colossal: expor um segredo familiar há muito escondido ou levá-lo consigo para o túmulo.
Olivia tem na sua posse cartas da sua falecida prima Catherine, uma freira que está a ser considerada para beatificação pela Igreja Católica, o último passo antes de ser santificada. Ao longo da sua vida, a Irmã Catherine fundara sete hospitais para crianças carenciadas. Agora é-lhe atribuída a cura de um menino de quatro anos que se encontrava a morrer com um tumor cerebral. As cartas que se encontram na posse de Olivia provam que, aos dezassete anos, Catherine deu à luz um rapaz, que entregou para adoção. Olivia conhece a identidade do pai, Alexander Gannon, que acabou por se tornar um médico de renome a nível mundial, cientista e inventor, detentor de patentes médicas. 
Hoje, duas gerações mais tarde, Monica Farrell, uma pediatra de trinta e um anos, neta de Catherine, é a herdeira legítima do que resta da fortuna familiar. Mas, ao contar a Monica quem ela é na verdade, Olivia estaria a trair o desejo de Catherine, revelando a história por trás das origens dela. A fortuna dos Gannon está a ser esbanjada pelos sobrinhos de Alex pelos restantes membros da Fundação Gannon, que camuflam o seu estilo de vida exuberante com filantropia. 
As únicas pessoas que conhecem a escolha iminente de Olivia são as mesma que exploram a herança. E algumas delas farão tudo para silenciar Olivia...

"Um Coração Cheio de Estrelas" de Álex Rovira e Francesc Miralles

O que dizer de um livro destes? Lindo, com uma mensagem tão pura… uma verdadeira fábula encantada sobre o amor. É aparentemente uma história infantil, mas revela-se um conto com uma profundidade de sábio. Terno, suave, como o algodão-doce, delicado e colorido como as fofas nuvens que encontramos num desenho de criança. Simplesmente lindo.

Já conhecia Francesc Miralles, pelo seu “Quem Me Dera Que Estivesses Aqui”, livro que também muito me surpreendeu e tocou. Mas esta dupla de autores conquistou definitivamente o meu coração. E é engraçado, pois é exactamente de um coração que se fala. Um coração que tem de ser salvo para que um tenro amor sobreviva.

É sem dúvida uma história lindíssima, que por sinal tem origem numa outra história, esta verdadeira, de um pequeno coração que bem lutou para conseguir sobreviver: o da filha de Álex Rovira. Mas mais não adianto. Há que o ler, interiorizar e sonhar. :)
Um livro cheio de pequenas pérolas que só apetece guardar junto ao peito e sublinhar, sublinhar, sublinhar…

Sinopse:
"Um Coração Cheio de Estrelas"  leva-nos até ao ano de 1946, a Selonsville, uma pequena aldeia dos Alpes. Os rigores de um Inverno duro e longo teimam em não deixar esta aldeia, que luta por recuperar das feridas de uma guerra recentemente terminada.

No telhado do orfanato onde vivem, Michel e Eri, amigos inseparáveis, admiram o céu estrelado. Nenhum deles sabe, contudo, que na manhã seguinte Eri não despertará. Entra num coma profundo e misterioso, que os médicos não conseguem explicar nem tratar. Michel é o único que poderá mudar o destino da sua amiga...

Guiado pelos conselhos de uma sábia anciã, o rapaz terá de encontrar as nove pessoas que representam as nove qualidades-chave do amor - e, com retalhos da sua roupa, confeccionar um novo coração para Eri. Mas para que este plano mágico funcione, Michel tem de empreender um desafio ainda mais difícil: encontrar o segredo do amor ilimitado, que se esconde nas profundezas da sua alma.


(Álex Rovira e Francesc Miralles)
Sobre os autores:


Álex Rovira é licenciado em Ciências Económicas e tem um MBA pela ESADE. Para além de leccionar e dirigir seminários para executivos em diferentes instituições académicas, é um dos directores e sócios-fundadores da Salvetti & Llombart, uma empresa catalã de consultadoria que conta entre os seus clientes algumas das principais multinacionais e ONGs europeias e americanas.


Francesc Miralles nasceu em Barcelona em 1968. É formado em Filologia Alemã e tem um mestrado em Edição de Livros. Ingressou no mundo editorial primeiro como tradutor, e mais tarde, como editor. Presentemente, dedica-se exclusivamente à escrita, embora também exerça funções de assessor literário e consultor em várias editoras. É autor de livros para jovens, muitos dos quais premiados; de romances e thrillers que se revelaram best-sellers internacionais; e de livros de não-ficcção de grande sucesso.

"O Cão de Sócrates" de António Ribeiro

Estava com muita curiosidade sobre este livro. Ouvi dizer que era uma sátira interessante sobre a esfera política portuguesa, nomeadamente sobre o ex-primeiro ministro, e realmente foi isso que encontrei, ou melhor dizendo, encontrei um livro com as memórias do seu cão.
Está realmente fantástico! Escrito num tom humorístico, encontramos por ali grandes verdades que nos fazem entender perfeitamente os passos que levaram Sócrates a cair.
Mas não é só sobre Sócrates que o seu cão deprimido e a comprimidos desabafa. É também de toda a máquina do ex-governo socialista, e é claro, da oposição.
Para quem não é grande apreciador de política, ou que como eu apenas se mantém minimamente informado e atento, este é um livro perfeito, pois mostra-nos um outro lado sobre os senhores que governam (ou desgovernam) este nosso país, ao mesmo tempo que damos umas gargalhadas.
Para quem gosta de política e tem uma mentalidade aberta, apreciará com toda a certeza esta sátira inteligente.
Muito bom!

Sinopse:

«Desta vez fiz asneira e da grossa. Mas como podia eu saber que aquele pedaço de papel que rasguei e comi era tão especial para o meu dono? Todos os dias lhe como e destruo metade dos papéis oficiais e dos despachos que ele tem em cima da secretária e ele não se importa com isso. Aliás, as coisas que já lhe comi, davam para fazer um livro só sobre isso: um DVD intitulado “Espanhol para falar com Chefes de Estado”, um telemóvel que fazia ruídos estranhos quando se atendia (este por acaso até foi o meu dono que me deu para roer), um livro de poemas autografado pelo Manuel Alegre (ainda por abrir!), uma fotografia do presidente da República que estava a marcar as Páginas Amarelas, três ou quatro orçamentos de Estado (são sempre os mais difíceis de roer).
Sempre que tenho estes impulsos de rafeiro, o meu dono faz-me aquela falsa cara de mau e diz-me “Não, pá, isso não pá, larga pá!” mas depois ou toca o telemóvel e ele distrai-se com a conversa ou acaba por esboçar um sorriso e perdoar-me. Desta vez não. Foi tudo muito diferente. Enfim, a culpa é minha. Tinha de acabar em desgraça esta minha mania de me atirar a tudo o que é papel oficial. E o que mais me causa estranheza é que desta vez só roí um papel, um miserável papel. (…) Este era fininho, uma folha apenas, estava cheio de números e letras e tinha um emblema no cimo da página. Uma coisa aparentemente rasca, sem valor mas afinal era valiosíssima! Como é que eu ia saber que aquilo era o certificado de habilitações do meu dono, do seu curso de engenheiro?» Um rafeiro retirado de um canil para viver uma vida de glória, fama e proveito em São Bento. Pela trela ou ao colo, nos momentos difíceis ou nas horas de triunfo, o cão foi uma testemunha ocular e privilegiada do dia-a-dia do chefe do Governo ao longo dos últimos anos. Do Tratado de Lisboa à Cimeira da NATO, das frias relações institucionais com o presidente da República aos calorosos apertos de mão das grandes figuras da política internacional, da crise do Orçamento de Estado para 2011 aos prós e contras da entrada do FMI em Portugal, o cão dá a sua opinião sobre tudo o que aconteceu nos últimos anos num relato detalhado, inédito e original sobre os bastidores da mais alta política portuguesa PS: o cão encontra-se à procura de novo dono. Aceitam-se inscrições. Obrigado!
Para

"O Vizinho" de Lisa Gardner

O que faz de um policial um bom policial?
Para mim é claro, assim que pego num livro deste género percebo de imediato se a história me vai agarrar ou não, e com este assim foi. É mais do género de thriller psicológico, pois desde o início que somos inquietados com narrativa na primeira pessoa do que terá acontecido na noite em que Sandra desapareceu. Na realidade essas primeiras páginas encerram a verdade sobre o mistério do seu desaparecimento, mas só ao longo da narrativa é que vamos conseguindo decifrar o que se esconde por trás desse relato. Onde está Sandra Jones? É a pergunta que se coloca de imediato. Mas quem é Sandra Jones, quem são na realidade os Jones? Essa sim, é a pergunta principal que acabamos por nos colocar, e para a qual é necessário encontrar a resposta para que então o mistério se resolva.

Está fantástica a forma como a autora vai alternando a narrativa da acção, com os testemunhos dos diversos intervenientes, em forma de desabafo, deixando-nos espreitar de algum modo para a mente e estados de espírito de cada um. 
Já conhecia Lisa Gardner (li o "Minha Até à Morte") e gostei imenso da forma como somos quase obrigados a continuar a ler tal é a vontade de desvendarmos o mistério. Confesso que estes últimos dias fui sempre deitar-me agarrada a "O Vizinho". lol
Muito bom!

Sinopse:
De uma mestra do suspense chega-nos esta história de arrepiar, que explora os perigos que estão sempre à espreita, bem mais perto do que imagina. Pois até numa família perfeita, nunca sabemos o que se passa dentro um lar, quando as portas se fecham... 
Eis o que aconteceu...
Era um caso que iria sem dúvida gerar um frenesim mediático - uma jovem mãe, loura e bonita, desaparece sem deixar rasto da sua casa no sul de Boston, deixando para trás a sua filha de quatro anos como única testemunha, e um marido tão atraente quanto reservado como principal suspeito.
Nas últimas seis horas...
Mas a partir do momento em que o Sargento-Detective D. D. Warren chega ao pequeno chalé dos Jones, ela tem a sensação de que algo está errado com a imagem de aparentemente normalidade que o casal tanto se esforçou para manter. À primeira vista, Jason e Sandra Jones eram como qualquer outro casal trabalhador e com urna filha de quatro anos para criar. Mas abaixo da superfície calma, espreitavam as trevas... do mundo como o conheci. . .
Com o relógio a avançar e a vida de uma jovem desaparecida em risco e a tempestade mediática a aumentar, Jason Jones parece mais interessado em destruir provas e isolar a filha do que em procurar a sua "amada›› esposa. Estará o marido perfeito a tentar esconder a culpa - ou apenas a tentar esconder? E será a única testemunha do crime a próxima vítima do assassino?

Críticas de imprensa:
«Repleto de reviravoltas inventivas, este livro altamente cativante deixa-nos com uma solução chocante e uma sensação de justiça cumprida.»
Publishers Weekly

«Esta é certamente a obra mais complexa de Gardner, e para os seus fãs será sem dúvida um prazer lê-la.»
Booklist

«Nunca mais irá olhar para uma porta destrancada, uma janela aberta ou uma ligação à internet da mesma maneira. É perfeito para o Verão, um livro que se lê sem parar, como nenhum outro.»
The Providence Journal

"A Valsa Lenta das Tartarugas" de Katherine Pancol

Mais uma vez a língua mãe de Brigitte Bardot se impôs na minha mente! Tal como tinha acontecido durante a leitura do outro livro da mesma autora ("Os Olhos Amarelos dos Crocodilos"), andei durante estes dias a pensar em français, a falar français e muitas vezes, para me fazer entender, em português com pronúncia française (que o meu filho já não conseguia ouvir sem se desmanchar a rir!). E sim, confesso, apoderou-se de mim uma certa atitude coquette. ;) Tudo graças a este livro.
Há que concordar que os livros nos influenciam, n'est ce pas?
A forma de escrita de Katherine Pancol conquista-nos, embala-nos enquanto nos conta mil histórias dentro de uma só. É realmente fantástica. Mas este livro de capa simplesmente adorável, tem uma pérola escondida, um mistério por resolver, que nos envolve na leitura de tal forma que se nos torna quase impossível parar de ler.
Uma vez mais se aborda o tema da família, do amor, da amizade. Uma vez mais se insiste na luta pelos ideais, pelos sonhos. Nas conquistas e nos fracassos que entretanto se evaporam com nova batalha ganha... Se no primeiro livro desesperávamos com a atitude derrotista e um pouco frágil demais de Joséphine, neste ela surge-nos como uma mulher renascida, com as suas inseguranças, sim, mas pronta para a guerra, e acima de tudo pronta para a vitória.
Se gostei do primeiro, este bate-o aos pontos!
Adorei! Vraiment. É um livro que vale mesmo a pena.

Sinopse:
A família Cortès está de volta. Joséphine é agora uma escritora de sucesso que deixa os subúrbios para se mudar para um requintado bairro de Paris. Apesar do mundo onde agora vive, mantém-se fiel a si própria e aos seus valores. Honesta, generosa, reservada. É uma mulher realizada, mas que ainda não encontrou o amor. A sua filha Hortense está a estudar moda em Londres e a filha mais nova, Zoé, começa a conhecer os desafios do coração. A sua irmã Íris, outrora perfeita e símbolo de sucesso, encontra-se agora no meio de uma profunda depressão. Juntamos a tudo isto um assassino em série, que aterroriza o bairro onde a protagonista vive, e um cão demasiado feio, e temos os ingredientes para mais um bestseller de Katherine Pancol.

Um romance divertido e ao mesmo tempo negro, que fala do amor, de ser mãe, da amizade, da vida familiar, da adolescência, do trabalho, do mundo em que vivemos. Com mestria, cuidado e inteligência, ao longo destas páginas, vamos acompanhando o avançar obstinado e lento destas personagens, em busca dos seus sonhos, num mundo demasiado rápido e violento.

"Uma Americana em Pequim" de Ann Mah

Ontem tive de ir jantar ao chinês. Tinha de ser. Não havia mesmo como escapar! As referências a essa tipo de comida neste livro foram simplesmente irresistíveis! lol
Bem, a verdade é que todo o livro é um registo maravilhoso desse tipo de cozinha, comparando os diferentes tipos de pratos, consoante a região de onde são originários. E à mistura com esse registo (que na verdade faz parte do trabalho e da paixão da principal protagonista) encontramos um delicioso relato sobre a interacção da comunidade estrangeira na actual cidade de Pequim.
Não sei até que ponto esta história não foi na verdade um testemunho da experiência da autora, que também teve expatriada na China e teve algumas dificuldades com a forma como a tratavam, quer os chineses quer os estrangeiros lá residentes, uma vez que por fora era uma chinesa, mas por dentro uma verdadeira americana.
Este livro é sem dúvida uma análise aos problemas de pertencer a uma raça visualmente diferente, quer nos E.U.A. quer na China. É também uma divertida sátira às avós, mães e tias chinesas, tão características, emigradas nos E.U.A. há muitos anos mas que nunca abandonam os costumes e tradições (e refeições!) do seu país de origem.
Tive momentos em que me ri imenso, pois a autora escreve de uma forma leve e descontraída, o que para mim encerra a verdadeira magia deste livro, tornando-o numa leitura divertida ao mesmo tempo que educativa.
Gostei imenso!

Sinopse:

Todas as pessoas se alimentam de vivências e lugares inesperados…

Um romance sobre comida, amor e autodescoberta. Depois de ver a sua carreira ruir e o namorado pedir "um tempo", Isabelle Lee toma a primeira decisão drástica da sua vida e troca o mundo das revistas de moda de Manhattan pelo mundo das revistas generalistas de Pequim. Um mundo consideravelmente mais limitado dado que o seu conhecimento de mandarim é quase nulo. É que, apesar de ter ascendência chinesa, ela só conhece a linguagem falada na cozinha, pela mãe…
Felizmente, a linguagem da comida é suficiente para a iniciar na crítica gastronómica. Por entre o pato à Pequim ou o huoguo mongol, alguns choques culturais e outras tantas peripécias amorosas, Liz enfrenta os desafios de começar de novo do outro lado do mundo. Anos antes, também a sua irmã, Claire, trocou Manhattan por Pequim. É agora uma advogada de sucesso com um ritmo de vida tão alucinante quanto o da própria cidade. As irmãs nunca tiveram uma relação de cumplicidade. Na verdade, mal se conhecem. A milhares de quilómetros de casa e mais solitária do que nunca, Isabelle começa a interrogar-se se a frenética e vibrante cidade do futuro não será um lugar demasiado estranho para si…

"Um Amor em Segunda Mão" de Isabel Wolff

Nós que lemos tantos livros, que temos uns quantos autores favoritos e que até temos géneros de eleição, de tempos a tempos somos brindados com uma surpresa. Este livro, que pensei que talvez nem fosse muito do meu género, com uma história que apesar de me ter piscado o olho até nem parecia nada de especial, tornou-se numa leitura deveras especial.
Simplesmente adorei!
É uma história extremamente bem contada, aliás, são várias histórias, umas mais recentes, outras mais antigas, entrelaçadas de um modo divinal, que quer pela sua ternura, quer pela sua simplicidade tornaram este livro numa leitura deliciosa.
Junto com essas histórias, uns quantos personagens fascinantes e uma loja que só nos apetece que fosse verídica para podermos lá entrar e bisbilhotar, tudo isso faz parte da magia exercida pela autora no sentido de nos enredar na sua teia e nos conquistar.
Não há um momento desperdiçado, todas as páginas foram devoradas com avidez, ao ritmo que a curiosidade exigia. É sem dúvida um livro que tão cedo não irei esquecer!

Sinopse:
"Um Amor em Segunda Mão" conta a história de Phoebe Swift, uma especialista em moda que decide deixar o seu emprego na leiloeira Sotheby’s para abrir o seu próprio negócio - uma pequena loja de roupa vintage no Sul de Londres, chamada Vintage Village. Ao mesmo tempo, Phoebe está a lidar com a recente perda da sua melhor amiga, Emma, e com a separação do seu noivo. Por isso, refugia-se no trabalho - restaurando as maravilhosas e antigas peças de roupa que compra, revendendo-as para que tragam algum glamour à vida das clientes. Mas Phoebe não consegue deixar de pensar nas «vidas passadas» destas roupas - nas histórias que contariam se pudessem falar. Um dia conhece Thérèse Bell, uma senhora de idade, de origem francesa, com uma belíssima colecção de moda para vender. Entre os fatos elegantes e vestidos de alta costura, Phoebe encontra um casaquinho de criança azul que data da época da II Guerra Mundial - uma peça que a Sr.ª Bell se recusa a vender. À medida que se vão tornando amigas, Phoebe vai escutando a triste e inspiradora história por trás do casaquinho azul - e vai descobrir uma ligação inesperada entre a vida da Sr.ª Bell e a sua, uma ligação que lhe permitirá libertar-se da dor do passado e voltar a amar.


Críticas de imprensa


«Uma história terna e romântica.» Heat


«Este livro é uma confecção da mais alta qualidade.» Independent on Sunday


«Que livro delicioso! Uma história de amor agridoce, descrita com um detalhe encantadoramente vívido.» Daily Mail


«Um romance encantador, com personagens fortes e um enredo cativante.» Library Journal
«Uma combinação irresistível de romance, emoção e humor (com algumas descrições de moda deliciosas desde os anos 20 aos anos 80). Um Amor em Segunda Mão tem o colorido forte de personagens cativantes e é debruado de compaixão e amor. Um livro que lhe assentará na perfeição.» The New York Times

"Corações Sagrados" de Sarah Dunant

A minha mãe foi criada num colégio de freiras. Desde tenra idade habituou-se a essas substitutas da mãe que perdeu, e ainda hoje fala com carinho desses tempos de menina e jovem mulher. Ficou no colégio até mais tarde que as restantes colegas, e chegou mesmo a contemplar uma vida de dedicação como freira. Felizmente que entretanto conheceu o meu pai, caso contrário eu certamente não estaria aqui a comentar este livro. ;)
Talvez por essa razão eu tenha achado este livro tão fascinante.
Entrar dentro de um convento é algo de que muito pouca gente se pode gabar, e afinal de contas, um convento de freiras hoje em dia é também um pouco diferente de um convento de freiras no séc. XVI, embora a essência permaneça a mesma. Mas foi exactamente isso que a autora conseguiu concretizar: uma entrada secreta e exclusiva, para esse mundo de mulheres tão fascinantes quanto diversificadas.
Perfeitamente enquadrada na época, esta história traz para a luz dos nossos olhos, uma sociedade fechada dentro da sociedade renascentista, mas que nem por isso era menos intrigante ou conflituosa, muito pelo contrário.
De uma forma absolutamente prodigiosa, a autora envolve o leitor na narrativa de tal forma, que torna impossível largar a leitura até chegar ao fim.
Um livro absolutamente genial!
Adorei. :)

Itália, 1570. Castigadas pelos seus amores impróprios, muitas mulheres da nobreza são forçadas a entrar em conventos. Uma atreveu-se a resistir.

Sinopse:
Em plena Renascença, o convento de Santa Caterina está repleto de mulheres da nobreza cujos comportamentos foram reprovados pelas suas famílias. Muitas estão já resignadas com esse destino. Mas a recém-chegada Serafina não se conforma. Vive obcecada com a fuga e o homem que ama. A sua revolta quebra a harmonia do convento dirigido por Madonna Chiara, uma abadessa tão à vontade na política como na oração. Ela entrega Serafina aos cuidados da Suora Zuana, a jovem freira que dirige o dispensário e trata todas as maleitas, da pestilência à melancolia e à automutilação. Perante a improvável amizade que vai unir estas duas mulheres, há quem se mantenha vigilante, como é o caso da severa Suora Umiliana e da misteriosa Magdalena, com um passado de êxtases e visões… Mas o espírito rebelde de Serafina vai abalar irreversivelmente a vida do convento e as mais profundas convicções das suas ocupantes.

Com um fascinante elenco de personagens femininas, Corações Sagrados é um romance sobre poder, criatividade, paixão – secular e espiritual – e o indomável espírito das mulheres numa época em que as forças religiosas, políticas e sociais se uniam contra elas.

"Ruas Escuras" de Martina Cole

Esta autora foi-me apresentada há já alguns anos, e a crueza das suas histórias, assim como a forma dura como as relata, foram argumentos suficientes para que eu devorasse o primeiro livro. Depois dele, confesso, foi quase como um vício, embora não conseguisse ler dois livros desta autora de seguida, pois são realmente um pouco "pesados" de mais. Mas tal como um romance de Verão tornam-se perfeitos para intervalar com outro tipo de leituras, e óptimos para tirarmos os óculos cor-de-rosa, que nos ocultam a realidade do mundo em que vivemos.

No entanto, este livro é um pouco diferente dos anteriores. Não sei se tem a ver com a tradução, mas a linguagem desta vez é bastante mais branda. Lembro-me que com os outros livros, houve alturas em que tive mesmo de parar a leitura, pois já não aguentava. Ía tomar ar ou dar uma volta, e às vezes só no dia a seguir é que voltava a pegar no livro. Com este isso já não aconteceu. E embora continuem as observações sobre aquele mundo e aqueles tipos de vida, este livro assemelha-se mais a um policial, facto que me agradou bastante.
O que não me agradou de todo foram os erros (dois, pelo menos). Não de ortografia, e não estou certa que sejam de tradução, mas completamente flagrantes que me fizeram andar para trás e para a frente até compreender o que me estava a soar mal na história.
De resto é um bom livro, óptimo, como já disse, para mudar de "paisagem". ;)

Sinopse:
Quando uma prostituta é encontrada morta, mutilada e brutalmente violada, a inspectora Annie Carr pensa que nunca viu nada assim nem quer voltar a ver, nunca mais.
Kate Burrows, uma inspectora reformada que agora faz consultadoria, tem muita experiência na investigação de homicídios - foi ela que capturou o Estripador de Grantley e acabou com a maior rede de pedofilia do Sudeste. Kate está determinada a ajudar a prender o assassino. Mas, seja ele quem for, não vai ser uma presa fácil e quando o corpo de outra rapariga é encontrado, ainda mais horrivelmente desfigurado do que o anterior, torna-se evidente que o assassino está apenas a aquecer…

Críticas de imprensa
«Martina Cole é brilhante a retratar os bons entre os maus, e vice-versa, portanto, até ao fim, nunca sabemos em quem confiar. É isto que a torna tão irresistível.» Daily Mirror

Para ler mais sobre esta autora clique aqui.

"CÃOversa" de Sophie Collins

Este foi um livrinho que desfolhei, li e reli com o meu filhote que achou que também queria escrever a sua opinião. Aqui fica a sua "crítica":


«Eu adorei este livro porque adoro cães e aprendi muitas coisas sobre os cães. Aprendi como ver quando eles ficam pasmados, qual é a reacção deles às pessoas, às coisas e aos outros cães, através da cauda, do corpo, do focinho, das sobrancelhas que os cães não têm, mas têm algo parecido, sabiam?
Adorei as fotografias! Os cães escolhidos são bué giros. Também gostei de como eles colocaram as frases sobre os cães à volta deles.» - Gonçalo, 9 anos.


Eu também gostei muito do livro porque também gosto muito de cães. ;) E juro que já comecei a olhar para a minha labradora (leia-se labradoida) de uma maneira diferente. É incrível como realmente conseguimos perceber a linguagem canina se prestarmos atenção aos pormenores.
Este é um livrinho interessante, de fácil leitura, especial para aqueles que querem melhorar a sua relação com os nossos amigos de quatro patas. ;)

Sinopse:

Descubra a linguagem secreta do seu cão
Será aquele sorriso um sinal de contentamento ou de nervosismo? Boceja porque está cansada ou enervada? Tem as orelhas viradas para trás porque está alegre ou na defensiva?
As orelhas, olhos, cabeça, boca e dentes, costas, pernas e cauda do seu cão trabalham em simultâneo para permitir que ele comunique os seus sentimentos e necessidades. Então, porque será que por vezes é tão difícil perceber o que se passa com o seu amigo de quatro patas?
Este precioso guia explica o alfabeto da linguagem corporal canina, letra por letra, e permite perceber de que forma os cães comunicam através de um útil vocabulário, que revela como as diferentes partes do corpo do seu animal se coordenam com uma finalidade comum.
Este prático guia recorre a imagens e exemplos para "traduzir" cada passo dessa linguagem, propiciando uma compreensão mais ampla do comportamento dos cães. Um manual de “caninês” que poderá ajudar os seres humanos a compreenderem a essência daquilo que os seus amigos de quatro patas lhes tentam comunicar, revelando como as diversas partes do seu animal se coordenam com uma finalidade comum: comunicar consigo.

"Segredos do Passado" de Deborah Smith

“A Doçura da Chuva” (o primeiro livro desta autora publicado em Portugal) foi uma leitura cativante, delicada e inesquecível, por isso quando soube que a Porto Editora ía publicar um segundo livro de Deborah Smith, decidi de imediato que teria de o ler.

Se há autores que são acima de tudo contadores de histórias, Deborah Smith é um desses autores. Ela não se limita a contar uma história. Não, ela conta-nos várias histórias dentro da mesma história, entrelaçando-as sublimadamente, envolvendo-nos inequivocamente e rematando com um toque inquietante de surpresa, que é sem dúvida a cereja em cima do bolo.

Este livro, “Segredos do Passado”, apesar do seu nome quase corriqueiro, é daqueles livros que não conseguimos pousar a partir do momento em que o abrimos na primeira página. Confesso que gostaria mais se o título se tivesse mantido fiel ao original “A Place to Call Home”, pois descreve sem dúvida a verdadeira essência desta história.
As suas personagens, embora não tão apaixonantes como no outro livro, são muito cativantes e facilmente deslizamos para debaixo da pele de cada uma elas. Dei comigo a suspirar, a sonhar, a voar, a passar com os dedos pelas simbólicas dedaleiras do monte Dunshinnog e a respirar aquele ar cheio de magia e de amor intemporal.
“Segredos do Passado” é realmente um livro lindíssimo que vale a pena ler!

Experimentem aqui as primeiras páginas e vejam se não tenho razão. :)

Sinopse:
Filha de uma respeitada família de Dunderry, na Geórgia, Claire Maloney era uma menina caprichosa e mimada, mas isso não a impediu de travar amizade com Roan Sullivan, um rapaz feroz, órfão de mãe, que vivia numa caravana com o pai alcoólico. Nunca ninguém conseguiu compreender o laço que unia as duas crianças rebeldes.
Mas Roan e Claire pertenciam um ao outro até à violenta tarde em que o terror tomou conta das suas vidas e Roan desapareceu.
Durante vinte anos, Claire procurou o rosto do seu amor de infância por entre a multidão. Durante vinte anos, esperou ansiosamente uma carta e sobressaltou-se a cada toque do telefone. No entanto, quando Roan surge novamente na sua vida, a alegria de Claire não é completa, pois ao contrário do que se afirma o tempo não apaga todas as feridas.
Algumas permanecem ocultas, prestes a reabrir-se ao mais pequeno incidente. Que segredos do passado envenenam o presente e minam o futuro?
Pela consagrada autora de "A Doçura da Chuva", um romance comovente e original que relata um amor inocente capaz de sobreviver a todas as adversidades.

"A Carta" de Sarah Blake

Uma das coisas que me fascinou neste livro foram as emissões radiofónicas. Numa era onde as notícias são quase sempre imediatas, em que quando uma coisa acontece do outro lado do mundo, no minuto seguinte já se sabe do lado de cá (veja-se o caso do 11 de Setembro, em que em directo no jornal da 1h da tarde pudemos assistir ao embate do 2º avião numa das torres do World Trade Center), quase se torna inconcebível a forma como tudo se processava numa altura em que nem sequer havia televisão.

Muito do que se passa neste livro anda exactamente à volta das emissões radiofónicas de Frankie Bard, uma jornalista americana em serviço em Londres aquando do início da II Guerra Mundial. Ou sobre as emissões em si, ou sobre a forma como essas emissões “tocavam” quem as ouvia. Emma e Will, americanos a viver em Franklin, Massachussets, foram um exemplo dessas pessoas. E por incrível que pareça, as suas vidas acabam por se entrelaçar.
Desta forma, saltitamos entre uma América adormecida, ignorante, inconsciente, e uma Europa perante o início de um holocausto, já demasiado evidente para ser ignorado.
A história de base é simples, e o papel desempenhado pela “Senhora dos Correios” (o título original do livro é “The Postmistress”) vai revelar-se fundamental.
Gostei muito deste livro, mas talvez por não ser uma história fácil de ler, senti que lhe faltava um pouco de organização, que me fez perder o entusiasmo pontualmente.
De qualquer das formas, é um livro que não vou facilmente esquecer.

Sinopse:
Alternando entre uma América ainda resguardada no casulo da sua incapacidade em compreender o perigo próximo e uma Europa a ser dilacerada pela guerra, "A Carta" traz-nos duas mulheres que se descobrem incapazes de entregar corres-pondência, e uma terceira mulher desespera- da por uma carta, mas com medo de a receber. "A Carta" de Sarah Blake, mostra como podemos suportar o facto de a guerra prosseguir à nossa volta enquanto a vida do dia-a-dia continua.
Um romance extraordinário cheio de paralelismos surpreendentes com os dias de hoje.

"Dentro da Baleia" de Jennie Rooney

Se há uma coisa que me irrita são as sinopses mal feitas! Por vezes até parece que quem escreveu a sinopse nem sequer se deu ao trabalho de ler o livro. Que coisa!
Pois foi exactamente o que me aconteceu com este livro.
Não se enganem, o livro é realmente bonito. Mas "divertido"? Não.
É realmente uma história de amor, mas não de Stevie e Michael separados pela guerra e por acontecimentos trágicos. É, por um lado a história de uma paixão que ficou estacionada no tempo, das suas razões, das suas consequências, mas por outro lado é a história de um amor real, de uma amizade plena, do companheirismo de uma vida em comum.
A meu ver este livro não é tanto a história de amor entre Stevie e Michael, que foram separados pela guerra, mas mais a confirmação do amor entre Stevie e Johnathan, que apesar de tudo conseguiram contruir uma vida em comum sem serem assombrados pelos fantasmas do passado.
Recuso-me a colocar aqui a sinopse do livro. :P (Se quiserem leiam aqui.)
Coloco sim, alguma informação sobre a autora, cujo tipo de escrita achei extremamente delicada e interessante. Uma autora a seguir com interesse.

Jennie Rooney nasceu em 1980 tendo vivido em Liverpool, na Zambia e em Bromley. Estudou História na Universidade de Cambridge e ensinou Inglês durante algum tempo numa escola primária em França antes de experimentar a carreira de solicitadora em Londres e Paris. Este seu primeiro romance foi escrito nessa altura e publicado em 2008, tendo sido considerado para o Costa First Novel Award e o Waterstones New Writer of the Year Award.

Jennie vive actualmente em Londres onde ensina História e Inglês, para além de continuar com o seu trabalho como escritora. Está actualmente a trabalhar no seu terceiro romance.

"Por Favor Não Matem a Cotovia" de Harper Lee

Acho que partilho com alguns de vós a vontade de ler determinados livros, que pela sua importância foram um marco na literatura mundial.

A essa lista, que não tenho escrita em lugar nenhum, e que está em constante actualização na minha cabeça, chamo de lista dos MR (Must Read – Tenho que Ler).
Este livro, “Por Favor Não Matem a Cotovia” constava nessa lista. E sinceramente, se existem livros que valem mesmo a pena ler, este é um deles!

É um livro poderoso, que leva o leitor a tomar partido, a pensar e a repensar as suas opiniões. É um livro que nos deslumbra, pela simplicidade como está escrito, narrado por uma criança de 9 anos, mas que ao mesmo tempo nos toca pela sua intensidade, e nos faz olhar para o mundo de uma forma ligeiramente diferente.

Adoro o título. “Por Favor Não Matem a Cotovia” (em inglês “To Kill a Mockingbird”). A meio do livro entendemos como foi perfeita a escolha deste título. A cotovia simboliza a inocência, e como tudo o que é puro e inocente, é um pecado matar.

Não me alongo mais na minha opinião, pois acho que já muito se escreveu sobre este livro e muito se há-de escrever. Reafirmo apenas que se ainda não leram o “Por Favor Não Matem a Cotovia”, sigam por favor para a próxima livraria ou biblioteca. ;)

Deixo apenas aqui algumas curiosidades que achei interessantes:

- “To Kill a Mockingbird” foi publicado pela primeira vez há 50 anos (em 1960). Foi galardoado no ano seguinte com o Prémio Pulitzer e tornou-se instantaneamente num sucesso, sendo considerado um clássico da literatura moderna norte-americana e um dos melhores romances do séc. XX.

- Curiosamente foi o único livro de Harper Lee, que como escritora apenas publicou um ou outro texto em revistas. Apesar disso, em 2007 foi-lhe atribuída a Medalha Presidencial da Liberdade, pela sua preciosa contribuição para a literatura norte-americana.

- Tanto as personagens como o próprio enredo foram, segundo a autora, inspirados nas observações que fez da sua família e vizinhos, bem como num evento que ocorreu na sua cidade natal em 1936, quando ela tinha 10 anos.

- Em 1962 a Paramount Studios apostou neste livro para se lançar na produção de um filme do mesmo nome. Arrecadou três Óscares no ano seguinte:
Melhor Actor (Gregory Peck)
Melhor Direcção Artística
Melhor Argumento Adaptado
Foi também nomeado para mais cinco Óscares, incluindo Melhor Actriz Secundária. O filme foi um sucesso de bilheteira, fazendo mais de $20 milhões contra os $2 milhões de orçamento.

- Este livro faz parte do nosso Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para os 7º, 8º e 9º anos de escolaridade. :) Esperemos que os nossos jovens o apreciem.

Sinopse:
Durante os anos da Depressão, Atticus Finch, um advogado viúvo de Maycomb, uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, recebe a dura tarefa de defender um homem negro injustamente acusado de violar uma jovem branca. Através do olhar curioso e rebelde de uma criança, Harper Lee descreve-nos o dia-a-dia de uma comunidade conservadora onde o preconceito e o racismo caracterizam as relações humanas, revelando-nos, ao mesmo tempo, o processo de crescimento, aprendizagem e descoberta do mundo típicos da infância.
Recentemente, alguns dos mais importantes livreiros norte-americanos atribuíram grande destaque ao livro, ao elegerem-no como o melhor romance do século XX.

"Livro" de José Luís Peixoto

Este é um livro estranho, mas ao mesmo tempo fantástico. É possível? Sim, tudo é possível. Um Livro pode ser uma forma de comunicação entre duas pessoas, pode ser uma moeda de troca, pode ser uma prova de amor, e pode até ser o nome de uma pessoa!

José Luís Peixoto já conquistou inúmeros prémios por esse mundo fora, e sim, por aqui conquistou também mais uma leitora. Gostei muitíssimo desta história, mas acima de tudo, da forma como o autor envolve o leitor tornando-nos parte da narrativa.
Recomendo.
Foi um bom livro para começar bem mais um ano de leituras. ;)

Sinopse:
Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura. Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional.

"Coração em Segunda Mão" de Catherine Ryan Hyde

Eis um livro sobre um tema muito interessante. A eterna questão que divide a comunidade cientifica: é possível que a memória celular permita aos receptores de orgãos experienciar situações que lhes são completamente estranhas? Como por exemplo desenvolver novos gostos, ter recordações de coisas que nunca viveram, amar quem nem sequer conheciam?
Vida, uma rapariga de 19 anos que desde bebé teve problemas de coração, recebe finalmente o orgão que lhe permitirá continuar a viver, ou melhor dizendo, começar a viver. Mas os sentimentos estranhos e confusos que sente pelo marido da ex-dona do seu coração acaba por a lançar numa busca incansável de algo que nem ela sabe muito bem explicar.
É uma história estranha, mas ao mesmo tempo bem bonita, e fez-me recordar uma rapariga que conheci e que infelizmente não teve a mesma sorte que Vida... a querida Snow.

Ser dador, de sangue, de medula óssea, e em último grau de orgãos, é algo que todos nós devemos considerar, pois muitas vidas dependem destes actos altruístas.

Sinopse:


Deram-lhe uma nova vida. Mas saberá ela vivê-la?


Uma rapariga. Vida tem 19 anos, está doente e pode morrer a qualquer momento. Uma nova esperança, um coração alheio, fá-la compreender que só pode viver se outra pessoa morrer. Um homem. Richard perdeu a sua esposa num acidente. A dor e o sofrimento levam-no a querer conhecer a rapariga que recebeu o coração da sua mulher. Um coração. No hospital, Vida conhece Richard e apaixona-se por ele. Pode um coração em segunda-mão unir duas pessoas?

"O Diário" de Eileen Goudge

Este pequeno livro não tem só uma capa encantadora, contém também uma história encantadora.

Eileen Gougde escreve de uma forma envolvente, ligando o leitor às suas personagens, enredando-o na história à medida que esta se vai revelando. É quase como se lhe tivesse dado um toque de magia.
E esta bela história de amor, é em primeiro lugar uma lindíssima homenagem aos pais da autora, cuja própria história de amor a inspirou, mas é acima uma bela homenagem ao Amor. Ao Amor pelo qual vale a pena esperar, ao Amor que só alguns têm a sorte de poder apreciar, ao Amor que nos faz sorrir ao imaginar-nos a envelhecer ao lado daquele que o nosso coração elegeu.

Um livro lindíssimo! Sem dúvida uma bela prenda de Natal de última hora. ;)

Sinopse:

Quando duas irmãs encontram no sótão um velho diário da mãe, descobrem, para grande choque de ambas, que o seu verdadeiro amor não foi o pai. Mas será que as coisas são aquilo que parecem? Esse é o grande mistério com que se deparam e que têm de desvendar sozinhas, pois a mãe encontra-se no leito da morte, num lar, sem conseguir falar - só as páginas do seu diário podem fornecer as pistas. Numa viagem ao passado, revela-se uma jovem Elizabeth Marshall perdidamente apaixonada por um homem… estando comprometida com outro. Ela tem, por fim, de escolher entre Bob, estável e leal, e AJ, enérgico e imprevisível. Quando AJ é associado a um suspeito incêndio, a jovem enfrenta a decisão mais penosa da sua vida: Elizabeth é a única que pode limpar o nome dele, mas fazê-lo arruinaria a sua reputação e custar-lheia o amor do noivo. O Diário é uma história de amor e a história de uma família. É também sobre uma questão que, a determinada altura da vida, todos colocamos: até que ponto conhecemos realmente os nossos pais? A resposta pode ser surpreendente…

"Oogy" de Larry Levin

Quem já teve o privilégio de ter mais do um amigo de quatro patas, sabe que há uns que se destacam dos outros. Não é que cada um não tenha a sua personalidade, mas a verdade é que há cães que são mesmo especiais.

Eu tive o privilégio de ter na minha vida uma cadela assim: a minha Nikita. Era um animal absolutamente fora do comum, de uma delicadeza e ternura extremas, uma inteligência fora de série e uma simpatia avassaladora que conquistava tudo e todos. Tenho tantas saudades dela que por vezes ainda me dói a sua ausência.

Quando vi a capa deste livro fiquei um pouco chocada, mas de imediato percebi o que tinha acontecido àquele pobre cachorro: lutas de cães.
Como fui dona de uma cadela dessas raças considerada perigosa, sei bem o quão cobiçados são esses cães para as lutas de cães, quer tenham o instinto, quer não. Podem ter sido criados por uma família amorosa, e serem absolutamente inofensivos, mas são cães-alvo, nem que seja para treinos, que foi exactamente o caso do Oogy.

E Oogy é sem dúvida um cão especial.
Adorei a sua história! Os relatos da sua recuperação, os laços que criou com cada membro daquela família e a sua simpatia, tudo me conquistou. Fiquei absolutamente fã deste amigo de quatro patas que com a sua força de viver dá uma grande lição a todos nós!

Sinopse:
O Oogy - O cão que só uma família poderia amar é um livro sobre o poder da redenção e o modo como os animais e as pessoas podem superar a maior das adversidades. E Oogy é um animal incrivelmente especial, cujo sentimento de segurança e a necessidade de ser amado prevaleceu apesar da sua provação. Este cão especial e a sua história entram nos nossos corações e ali permanecem durante muito tempo.
Em www.bertrand.pt

O clube de leitura do meu coração.

 
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