"Estranho lugar para amar" tem a aldeia do Colmeal,
abandonada desde 1957 na sequência de uma decisão judicial inédita em Portugal,
como palco e fonte de inspiração. É aí que encontramos as personagens
principais do novo romance da escritora Luísa Castel-Branco e todo um universo mágico
e encantatório. Por isso, ficção e realidade caminham lado a lado neste livro
em que nos desafiamos a adivinhar o que teve existência real e o que é fruto da
imaginação da autora.
No concelho de Figueira de Castelo Rodrigo ficava a aldeia
do Colmeal, um povoado com 14 famílias de origens antigas. O fado da aldeia
ficou ditado no início da década de 40 com a chegada de uma nova proprietária.
As disputas entre a enigmática fidalga e os camponeses desencadeiam o processo
de expulsão violenta de todos os habitantes, processo que consta até hoje como
uma das páginas mais negras do período da ditadura portuguesa.
Mas porque neste livro há muito mais do que episódios reais,
esta história é também sobre o Sítio que ficava para lá do monte, para lá do
bosque, para lá de todos os caminhos… sobre esse um lugar onde as pedras do
feitiço escondem mistérios insondáveis e vidas que desejam a outra metade do
céu.
Nota: as fotografias que mostram as ruínas da aldeia
foram retiradas da internet.
Segundo informação recolhida junto da Câmara Municipal de
Figueira de Castelo Rodrigo, a aldeia está neste momento a ser recuperada.