Em destaque: "Roleta Russa" de Miguel Castro

Uma história verídica de erro médico nas margens da lei.

Sinopse:
Imaginem o seguinte cenário: um homem pensa que está a ter um enfarte e vai a um Serviço de Urgências de um hospital. O médico de serviço manda fazer um electrocardiograma (ECG). Analisa-o e descansa o doente dizendo-lhe que não tem nada no coração. Cinco horas mais tarde, dá-lhe alta com um diagnóstico de: pré-diabético, pedras nos rins e uma virose no coração. Manda-o para casa com um antibiótico. A pessoa confiou no diagnóstico e esperou que o tratamento fizesse efeito. Ao fim de oito dias, como nada resultava e o sofrimento mantinha-se, foi a outra consulta para pedir uma segunda opinião, dia em que, coincidentemente, os sintomas do que parecia ser um enfarte estavam de volta. Depois de feitos os exames confirmou-se a existência de outro enfarte e foi internado nos cuidados intensivos de outro hospital. Seis dias depois, foi transferido para o hospital onde tinham cometido o Erro Médico inicial e foi operado o coração onde lhe foram postos 4 "bypasses". Três meses a seguir à operação, teve 3.º enfarte. Eventualmente, foi obrigado a deixar um trabalho que adorava, já para não falar das outras consequências físicas.

Este cenário, que acima descrevi, é verdadeiro e passou-se comigo.

Sobre o autor:

Miguel Lino de Castro tem 55 anos. Nasceu na cidade da Beira, em Moçambique e veio para Portugal Continental com dois anos e meio. Frequentou o liceu Pedro Nunes e entrou para a TAP AIR PORTUGAL, em 1983 onde ficou 25 anos, até à altura em que tive que se reformar por incapacidade física.
Desde a Reforma em 2007 para se sentir útil e vivo, tem feito voluntariado, facto que afirma lhe preencher a Vida em todos os sentidos. Nunca publicou nenhum texto a não ser documento internos, para os Cursos de Formação e de Refrescamento do Pessoal de Cabine da TAP. Miguel afirme que existem coisas que acontecem na vida, que nos fazem sair de nós próprios e, por causa disso, conhecemos um outro lado de nós que desconhecíamos completamente existir e começamos a fazer coisas que nunca na vida pensaríamos fazer. No seu caso, foi escrever este texto, por achar importante falar de um assunto TABU, o Erro Médico, com a naturalidade que ele merere, uma vez que o Erro Médico mata mais pessoas do que o cancro e muitas pessoas desconhecem esse facto.

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