Que bela decisão tomei eu quando me comecei finalmente ler
este livro que estava na minha estante há bastante tempo! Recomendado por uma
querida amiga, foi sem dúvida uma leitura extraordinária, que recomendo igualmente e sem
qualquer hesitação. É um romance histórico, mas não é de todo aborrecido
ou monótono. Muito pelo contrário! Também, acho que seria difícil tomando em
consideração as personagens cujas vidas se desenrolam neste livro: os Bórgia.
Meu Deus, que família!
A história, apesar de ficcionada, tem por base um estudo
bastante completo da Casa dos Bórgia e as suas relações com as restantes casas
do território italiano, Romagna, Marcas, Úmbria e também as relações com Espanha
e França.
A heroína deste livro é Sancha de Aragão, princesa da Casa
de Aragão em Nápoles que casou com um dos filhos do Papa Alexandre, Jofre Bórgia.
Sancha teve de lidar com a famosa Lucrécia Bórgia, de quem se dizia ser filha,
amante e nora do Papa, e com seus dois irmãos, tão perversos e maquiavélicos
quanto o pai e a irmã, César e Juan.
É um livro arrebatador, sem momentos mornos, pleno de ação e
intriga e que nos transmite uma melhor compreensão de como as coisas aconteciam
naquela época, nomeadamente as alianças via casamento, as guerras pelos territórios
por forma a aumentar a riqueza de um reino, e o quão frágil era a posição de
uma mulher.
Simplesmente adorei!
Infelizmente a editora Difel já não existe, mas pode ser que
alguém se lembre de pegar na obra de Jeanne Kalogridis, autora de inúmeros
romances históricos e também fantásticos.
E aqui ficam as primeiras 6* do ano!