O "Peregrino" tem sido minha companhia constante na última semana.
Finalmente (ou infelizmente, porque detesto separar-me de determinados livros), ontem à noite, cheguei ao fim da leitura. Foi um dos melhores livros que já li!!
Finalmente (ou infelizmente, porque detesto separar-me de determinados livros), ontem à noite, cheguei ao fim da leitura. Foi um dos melhores livros que já li!!
Após ler o "Peregrino", percebo o quão importante foi o facto
de o seu autor, Terry Hayes, ter sido um argumentista cinematográfico. Ele soube
dar a dose certa de suspense à ação, cativando, conquistando e até manipulando
o seu leitor. É um livro absolutamente fenomenal!
É no entanto difícil atribuir-lhe um género. Podemos dizer
que se trata de um policial, um livro sobre espionagem, uma mistura de
Segurança Nacional e Identidade Desconhecida (série Bourne Identity), mas na
realidade, tudo isto soa a pouco quando se tenta defini-lo.
Com um narrador extremamente credível, o próprio Peregrino, o
leitor é completamente sugado para o seu mundo: vê o que ele vê, sabe o que ele
sabe e quase que sente o que ele sente. Este ex-agente que se retirou há já
alguns anos do mundo da espionagem e contra-inteligência, e que escreveu entretanto um
livro, mudou de identidade e país, vê-se envolvido na resolução de um crime em
Nova Iorque. Essa é a porta de entrada para que o Peregrino volte ao ativo. Por
uma série de coincidências, acaba envolvido na perseguição a um homem invisível,
um terrorista com a sua própria agenda e motivação.
O Sarraceno é um homem terrível que não olha a meios para
atingir o seu fim. Através dos capítulos que lhe são dedicados ficamos a
conhecê-lo melhor, a perceber as suas motivações, o seu passado, a sua
tenacidade. O autor consegue fazer com que quase o admiremos! É mesmo um mau
muito mau. ;)
Esse é talvez um dos grandes trunfos desta história, tanto o
herói como o vilão são personagens ativas, pensantes, e não meras figuras de
ação.
Não posso deixar de referir que as páginas que o livro contém
são a medida certa. Não se intimidem com as suas 651 páginas pois não há um
momento monótono nesta leitura! A tensão está sempre presente, a ação é ininterrupta,
e por incrível que pareça o leitor não consegue deixar de se sentir como parte
ativa nesta história. Absolutamente fabuloso!
Juro que não consigo deixar de pensar o quão estrondoso é este
livro. Terminei-o ontem à noite e só me dá vontade de recomeçar a lê-lo para
ver o que me escapou. É sem dúvida nenhuma um dos melhores livros do género que
já li. Absolutamente fa-bu-lo-so!
Se quiserem saber mais sobre este fantástico autor,
espreitem o seu perfil no IMDB. Lá descobrirão que foi argumentista de alguns
filmes bem conhecidos: dois dos Mad Max originais, Calma de Morte (com Nicole Kidman),
Payback, A Vingança (com Mel Gibson), Limite Vertical (com Chris O'Donnell) e A
Verdadeira História de Jack, o Estripador (com Johnny Depp).