Já alguma vez leram um livro onde se sentiram a sufocar, sem ar? Eis aqui um bom exemplo. A experiência relatada na primeira pessoa é tão realista que por diversas tive de fechar o livro e respirar fundo, tal era a pressão que sentia no meu peito. É o que dá quando se é asmática e claustrofóbica. ;) Mas na verdade, a verdade é que isto quer dizer uma coisa: o livro está mesmo muito bem escrito.
Não fui das que leu o livro anterior desta autora, "Numa Floresta Muito Escura", pelo que este foi o meu primeiro contacto com a sua escrita, e posso dizer que gostei imenso. A premissa fazia lembrar um pouco os mistérios de Agatha Christie, e não é por acaso que a autora tem sido comparada a esta grande senhora do romance policial. A organização da história, o crescendo sufocante, o desequilíbrio mental em que se encontra a personagem principal, o estarem incomunicáveis, tudo isso contribui para colocar em alerta todos os sentidos do leitor e sentimo-nos como se estivéssemos lá, ao lado da protagonista, numa angústia existencial, à medida que o mistério se adensa. Fabuloso.
Não me parece que vá deixar escapar outro título desta autora. E não sei se não irei tentar ler o livro anterior. Uma coisa é certa, quando for feita a adaptação ao grande écran (os direitos foram já comprados pela CBS), não vou perder o filme!!
Recomendo! Um thriller que o vai arrebatar nestas férias.
Uma grande aposta da Clube do Autor. Parabéns!