Este livro fez-me lembrar um pouco de Liane Moriarty
(Pequenas Grandes Mentiras), apesar de ser uma história completamente diferente. É que aborda as relações entre um grupo de mulheres, neste caso, recém mamãs, as Mães de Maio, que se vêm unidas pelo rapto de um
dos bebés. Acho mesmo que apesar de ser considerado um thriller – e é! – “Uma Mâe
Perfeita” é também uma grande crítica à sociedade de hoje em dia e à forma como
as mães se sentem pressionadas a almejar a perfeição na maternidade. Basta
darmos uma espreitadela nas revistas online de fofoquices para ler uma manchete
sobre esta ou aquela que foi vista a amamentar em público ou a outra que deverá
deixar a filha muitas horas ao sol pois a miúda está super bronzeada… É caso
para dizer que somos presas por ter cão e por não ter!
As mães (e pai) do grupo Mães de Maio são muito diferentes
umas das outras. Têm os seus desejos e motivações, e cada uma está a lidar com
a maternidade de forma diferente. Gostei de conhecer cada uma das personagens e
acho que a autora soube desenvolvê-las muitíssimo bem. Esta será, a meu ver,
uma das principais razões para, se vier realmente a acontecer, vermos esta
história no grande écran.
Também me parece que a autora conseguiu um certo
criar um bom mistério relativamente ao desaparecimento do bebé. Não consegui adivinhar o que aconteceu! E acreditem, coloquei imensas hipóteses. E essa dúvida sobre quem terá sido aumenta à medida que os segredos das Mães de Maio vão sendo
revelados. É que, tal como na realidade, nem tudo o que parece é.
Foi uma daquelas leituras cuja história não me saía da
cabeça quando intervalava a leitura. Recomendo. É um livro que vos vai por a
falar sozinhas. 😉