"O Jardins das Flores de Pedra" de Deborah Smith (OPINIÃO)

Desde o seu primeiro livro publicado em Portugal, "A Doçura da Chuva", que me considero fã de Deborah Smith. As suas histórias têm sempre algo sobre a importância da família, o quanto o passado influencia o futuro, relações familiares complicadas, segredos antigos, e claro, um pouco de romance. É o livro perfeito para nos abstrairmos do dia a dia. E "O Jardim das Flores de Pedra" não é exceção.

A história está dividida em duas partes. Uma passa-se em 1972, e conta-nos a realidade de Darl Union, uma menina de 10 anos, única neta da dona da companhia de mármores Hardigree, principal sustento de praticamente todas as famílias de Burnt Stand, na Carolina do Norte. O que se passa nessa época vai condicionar a relação avó e neta, e também os passos de uma outra família que chega à cidade nesse verão.

Gosto de histórias deste género, e sinceramente apreciei imenso que esta parte do livro fosse a mais extensa (cerca de 2/3). A infância de Darl e Karen, a sua prima, e a sua amizade com Eli, o recém chegado, está muitíssimo bem caracterizada, assim como a vida naquela cidade que cresceu à sobra do mármore. Mas não é de estranhar, pois Deborah Smith faz sempre um excelente trabalho a nível de desenvolvimento de personagens, tornando-as sempre muito verosímeis e cativantes. 

Já a segunda parte do livro, em que a história se desenrola na atualidade, é um pouco mais romanceada e quase previsível. E claro, a apostar em obter o suspiro de muitas leitoras. ;) Quase me pareceu um livro de Nora Roberts, mas sem a parte da bolinha vermelha, se é que me entendem.

Continuo a gostar muito desta autora, não me entendam mal, mas acho que neste livro faltou aquele toque especial que é uma das suas características. Trata-se, no entanto, de uma boa leitura para as férias, que recomendo. :)
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