Livros ou Filmes?

É a eterna questão: leio primeiro o livro ou vejo primeiro o filme?
Hoje em dia tenho uma certa regra no que diz respeito a este assunto. Se leio um livro é pouco provável que venha a ver o filme, e então se vejo o filme ainda é menos provável que algum dia venha a ler o livro que lhe deu origem.
Sou uma apaixonada pelos dois géneros e acho que cada um deles tem a sua riqueza, por isso tento sempre manter as duas coisas em separado.
O que me acontecia, salvo raras excepções como "O Perfume" (livro de Patrick Süskind, adaptado para o cinema numa produção europeia), sempre que via um filme cujo livro já tinha lido, acabava por ficar extremamente desiludida. Ou porque a forma como a história me era apresentada diferia largamente da ideia que eu tinha, ou porque esta ou aquela personagem não coincidiam com o meu casting pessoal. Enfim, mil e uma razões.
Mas na verdade estas divergências são perfeitamente naturais!
Um filme, na sua maioria das vezes, não é mais do que a interpretação de um livro. Alguém interpreta o livro e transforma-o em filme. É um trabalho executado por várias pessoas, não só os argumentistas, como o realizador, e até os próprios actores, que dão o seu cunho pessoal à personagem.
No caso da leitura de um livro, é o próprio leitor o seu único interprete, criando um filme com a sua imaginação. E com isso, meus amigos, não há rivalidade possível.
Por tudo isto acho que comparar livros e filmes não se deve fazer. São dois tipos de entretenimento (ou educação) completamente diferentes. Enquanto que um é obviamente mais visual, o outro é mais intelectual, e embora existam casos em que um pode ser complemento um do outro, para mim são mesmo águas que não se devem misturar.

E para vocês?
Em www.bertrand.pt

O clube de leitura do meu coração.

 
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