Se há livros que dariam um grande filme, este seria um deles! É sem dúvida uma história apaixonante, que nos mantém presos à narrativa do início ao fim.
Inicialmente é-nos apresentada Jess, uma jovem professora que vive em Londres na actualidade e que têm em mãos um grave problema para resolver. De alguma forma, Jess acaba por se ver envolvida numa outra situação, esta com muitos milhares de anos e que igualmente se encontra por resolver. Desse outro lado conhecemos então Eigon, a princesa de uma das tribos de Britannia, capturada e levada como prisioneira para Roma, sob o jugo do imperador Claudio.
Durante todo o livro somos transportados entre séculos, alternando entre vida de Jess e a vida de Eigon, viajando entre a cidade de Roma nos nossos dias, e a cidade de Roma no tempo de Cláudio e de Nero, e perdendo-nos nos bosques de Ty Bran junto à fronteira com o País de Gales, tentando perceber o mistério que envolve a vida de Eigon, ao mesmo tempo que a vida de Jess acaba por ficar em risco. Desde cedo percebemos que apenas com a ajuda do passado é que se conseguirá remendar o presente.
Confesso que por mim teria ficado para sempre junto de Eigon, pois a acção nesse tempo pareceu-me mais requintada, mais cheia de substância, ao passo que nos tempos modernos, a história de Jess me deu a sensação de servir apenas como pano de fundo para aquele outro cenário muito mais apaixonante.
Uma coisa que me fez confusão foi o título. Durante toda a leitura não consegui visualizar Eigon como guerreira, bem pelo contrário. Mas ao descobrir o título em inglês, tudo fez sentido. Eigon era a princesa do guerreiro. No entanto, e para não vos estragar a leitura, não acrescento mais nada sobre isto. ;) Talvez apenas que, à sua maneira, Eigon acabou por ser uma guerreira, uma vez que nem todas as batalhas se travam com espadas.
Gostei muito e recomendo, não só aos que gostam de romances históricos, como aos que gostam de literatura fantástica, e a todos os que apreciam uma boa história.
Sinopse:
Jess, professora em Londres, é vítima de um ataque de que não consegue recordar-se. Tudo indica que o agressor é um homem que a conhece bem. Assombrada pelo medo e pela suspeita, Jess refugia-se na casa isolada da irmã, na fronteira do País de Gales. O silêncio que procura é, porém, interrompido pelo choro de uma misteriosa criança.
A casa, a floresta que a cerca e o vale mais abaixo transportam ecos de uma grande batalha, travada dois mil anos antes. Ali caiu Caratacus, liderando a resistência das tribos da Britânia aos invasores romanos. O rei foi capturado e levado para Roma como prisioneiro, juntamente com a mulher e com a filha, a princesa Eigon.
Sentindo-se impelida a investigar a história de Eigon, Jess segue os seus passos até à Roma de Cláudio e de Nero, onde a princesa assistiu ao grande incêndio, presenciou a perseguição movida aos cristãos e privou com o apóstolo Pedro. Aqui, talvez o mistério da extraordinária vida de Eigon se desvende, ou Jess se abandone progressivamente à sua obsessão, arriscando uma proximidade crescente com o seu agressor.
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