"Ilha Teresa" de Richard Zimler

Normalmente quando as expectativas são muito altas, acabamos por nos desiludir. E infelizmente, com esta leitura, a excepção não se verificou.
Foi o primeiro livro que li deste autor, e pelo que sei, também a primeira vez que ele escreveu um livro diferente do seu género habitual. Quer-me parecer que deveria ter começado por um dos outros, talvez "Os Anagramas de Varzóvia" ou "O Último Cabalista de Lisboa".
Mas isto não quer dizer que o livro não é bom. Apenas não é tão bom quanto eu esperava.
A história anda à volta de uma rapariga portuguesa de 15 anos que foi obrigada a emigrar com os pais e o irmão para a América.
Mas a adaptação ao novo país e à cidade que nunca dorme não é fácil, ainda para mais quando o seu pai morre e ela é "abandonada" às mãos de uma mãe um pouco negligente e egoísta, e a uma vida sem amizades, à excepção de um amigo brasileiro.

Pareceu-me um romance mais vocacionado para adolescentes. Tenho a certeza que se fosse uma das minhas afilhadas a ler este livro a opinião dela ía ser bastante diferente da minha.
Apesar de tudo, gostei da forma como o autor nos apresenta a história e as personagens. Pode-se até dizer que cria uma certa intimidade entre as personagens e o leitor.
Fiquei com muita vontade de ler os outros livros de Zimler.

Sinopse:
A vida de Teresa muda radicalmente quando os pais deixam Lisboa para irem viver em Nova Iorque. Não estando preparada para a vida na América, com dificuldade para se exprimir em inglês, Teresa encontra refúgio no seu particular sentido de humor e no único amigo, Angel, um rapaz brasileiro de 16 anos, bonito, mas desastrado, que adora John Lennon e a sua música. Mas o mundo de Teresa desmorona-se completamente quando o pai morre e a deixa, a ela e ao irmão mais novo, com uma mãe negligente e consumista.
Os problemas de Teresa confluem para um clímax de desespero no dia 8 de Dezembro de 2009 - aniversário da morte de John Lennon - quando ela e Angel fazem uma peregrinação ao Memorial Strawberry Fields Forever em Central Park. Aí, um terrível acontecimento que nunca poderia ter previsto devolve-a à vida e ao amor.
Em Ilha Teresa, Richard Zimler conta-nos num estilo inteligente, irreverente e com uma certa dose de humor negro a história de Teresa, uma rapariga de 15 anos, sensível e espirituosa, cujo equilíbrio e sentido de identidade se vêem ameaçados quando a sua família deixa Lisboa para ir viver nos subúrbios de Nova Iorque.
Num registo um pouco diferente do habitual, mas igualmente brilhante, Richard Zimler continua a maravilhar-nos pela forma convincente como nos transporta para o admirável mundo das suas personagens.
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