"Quero a Minha Mãe" de Cathy Glass


Como muitos de vocês já sabem, não sou grande fã de histórias verídicas. A meu ver para verídica já basta a vida, e uma das coisas que mais aprecio nos livros é a possibilidade de “fugirmos” um pouco da realidade.
Mas a verdade é que de vez em quando lá me decido por um deste tipo de livros, não só porque me o tema me apela, ou porque pretendo saber mais sobre uma pessoa ou evento.
Neste caso o que me apelou mesmo foi a sinopse. (leiam aqui)

Estava com algum receio que o relato de Cathy Glass me enervasse ou emocionasse em demasia, mas devo dizê-lo, se há autores que se aproveitam de determinados temas para os tornarem extremamente emotivos e lamechas e arrastam o leitor por um mar de lágrimas até chegar à última página, Cathy Glass não se encontra nessa categoria. Ela consegue descrever, de uma forma quase imparcial, situações muito complicadas e pelas quais deve ter sido um martírio passar.

Pelo que fiquei a perceber, para se ser uma mãe de acolhimento em condições, é quase preciso ser-se sobre-humano. É que não basta fazer as vezes de mãe de uma criança, o que por si só já é complicado, pois é uma criança em risco. É também necessário saber como lidar com os familiares, com a sociedade e acima de tudo com o sistema. Um  sistema que é falível e está sobrecarregado.
Uma heroína, é o que para mim mulheres como Cathy Glass são.

Gostei imenso de ler a história de Alice, uma menina que ao que parece nunca deveria ter entrado “no sistema”, e que estaria prestes a ser vítima de um erro imenso. Graças à intervenção de Cathy Glass, à sua presença de espírito e experiência, esse erro não foi para a frente e Alice deixou de ser mais um número para voltar a ser uma criança feliz.

Esta foi uma leitura que ao invés de me deixar triste, me devolveu alguma esperança na humanidade. Ainda existem pessoas boas. :)
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