Noutro dia li numa parede qualquer um grafiti que perguntava:
O que já fizeste para mudar o mundo?
Confesso que o raio da pergunta me pôs a pensar.
Por vezes parece que apenas levamos a nossa vida numa rotina
cadenciada e ordeira, nunca saindo do esquema que sentimos como predestinado
para nós. E perante essa inércia, a pergunta impõe-se… o que já fizemos nós
para mudar o mundo?
Será que talvez com uma ou outra atitude, uma ou outra
palavra, fizemos a diferença no mundo de outra pessoa? Porque no fundo é disso
que se trata. Não precisamos de grandes ações humanitárias para mudar o mundo.
Basta dar um pequeno passo na direção certa, e com um pouco de sorte, mudar o
mundo de alguém. Fazer a diferença, entendem?
Conhecem de certeza este antigo provérbio chinês:
«Um fio invisível une todos aqueles que estão destinados a
encontrar-se.
Pode esticar-se ou emaranhar-se.
Mas nunca se partirá.»
Eu acredito nisso. Acredito que não nos cruzamos uns com os
outros por acaso. Acredito que muitas das coincidências que por aí acontecem, não
são meras coincidências. Acredito que todos estamos interligados e que é esse o segredo para conseguirmos mudar o mundo. Basta querermos e acreditar.
Mas regressando ao livro… Primeiro que tudo, tomem nota, é uma história verídica. Não há lamechices nem melodramas. Há a vida real. Por isso preparem-se para serem arrebatados com algumas das situações descritas. Sentirão o vosso coração partir-se, mas também vão sentir que ele se enche com algo maravilhoso… amor e esperança.
Este livro conta-nos algo que aconteceu mesmo e que acabou
por transformar e tocar a vida de muitas pessoas: uma simples e improvável amizade
entre uma executiva de Nova Iorque e um menino pedinte de 11 anos.
Uma história lindíssima que me marcou imenso e que tão cedo
não irei certamente esquecer. É mais que uma simples lição de vida. São várias
lições de vida, exemplos de como algo tão simples como abrirmos o nosso coração, pode mudar a vida de alguém e ao mesmo tempo contribuir para mudar o mundo.
Um livro que toda a gente deveria ler. Uma oportunidade para
abrir os olhos que não se deve perder.