Ao pegar no “A Arca” recordei que foi exatamente a forma
como a autora nos enreda na ação que me conquistou verdadeiramente. Se bem que
o primeiro tenha sido, a meu ver, de uma superior riqueza emocional, neste a
autora primou pelo sublime histórico, não relevando no entanto o dito fator
emocional.
“A Arca” conta-nos a história apaixonante de uma família
grega, os encontros e desencontros, o convívio com outros povos, os acontecimentos
importantes que a atingiram. Uma família cujo passado e presente se encontram entrelaçados
com a história da própria Grécia.
Durante quase um século, ficamos a conhecer profundamente a
segunda maior cidade grega, Tessalonica, o seu desenvolvimento, sem dúvida
condicionado pelas catástrofes que a atingiram, como o grande incêndio em 1917,
o acolhimento dos gregos exilados de Esmirna em 1922, e mais tarde o extermínio
de quase todos os habitantes judeus durante a ocupação alemã em 1941 e 1942.
Uma vez que esta é na verdade um espelho da própria Grécia,
torna-se de repente bem mais fácil de compreender como este país se encontra na
situação em que está.
Um livro estrondoso que aconselho e cuja leitura vos irá
certamente arrebatar.
Para mais informações sobre este livro espreitem aqui o trailer.
(Em 1922 - os exilados de Esmirna em troca dos turcos que viviam em Tessalonica) |
(Em 1941 - a ocupação alemã) |
(1941/2 - o envio das famílias judias para a Polónia) |
Para mais informações sobre este livro espreitem aqui o trailer.