Como sou uma ávida leitora, não consigo andar sem ter um
livro sempre atrelado a mim. Ora acontece que o livro que ando atualmente a ler
é ligeiramente pesado, por isso, quando vou a qualquer lado onde sei que não me
vou demorar muito, opto por levar uma companhia mais levezinha para me
entreter, tipo nas filas de trânsito, supermercado, ou na sala de espera do
dentista. ;)
Esta semana que passou, a minha companhia mais levezinha foi
esta.
“De Névoa e de Vento” é um conjunto de contos escritos de
forma sublime por um autor português, Emílio Miranda. Já ouviram falar? Pois
então descubram-no, porque é um autor que vale mesmo a pena ler.
Uma das coisas que mais me tocou é a maneira como Emílio
Miranda consegue transmitir na perfeição os cenários que compõem as suas histórias.
Tanto nos transporta para um cenário de guerra, onde o cheiro a sangue se
mistura com o pó levantado pelos cascos dos cavalos e o sabor a medo nos passa pelos
lábios, como nos consegue pousar gentilmente num campo ponteado pelo orvalho,
junto a num pomar efervescente de sons, cheiros e sabores. Extraordinário,
mesmo.
Como acontece nos livros de contos, há uns dos quais se
gosta mais do que outros, mas por incrível que pareça, neste “De Névoa e de
Vento” quase não consigo destacar um conto. Existe uma certa consistência
na escrita de Emílio Miranda que torna difícil esse destaque. Talvez o conto
que dá nome ao livro me tenha tocado um pouco mais. Romântica como sou, não é
de admirar… ao fim e ao cabo é uma história de amor.
“De Névoa e de Vento” foi um bom cartão de apresentação de
Emílio Miranda. Estou ansiosa por pegar num dos outros livros deste autor
português – “A Princesa do Corga” e “Uma Linha de Torres” já estão
na minha estante. :)
Para mais informação sobre este livro ou sobre os outros livros deste autor, convido-vos a espreitar o seu site.