Gosto muito de ler autores portugueses. Acho que ler algo
escrito originalmente na língua de Camões é um pouco diferente de ler algo que
foi traduzido. Para além disso os nomes, os sítios, os costumes, e as maneiras
de ser, são sempre mais familiares. Não concordam?
E na minha lista de autores portugueses favoritos consta a
Luísa Castel-Branco. J
Apaixonei-me pela sua menina de cabelos vermelhos de nome “Alma”,
encantei-me com a fabulosa fábula moderna do “Não Digas Nada a Ninguém”, rendi-me
à escrita de Luísa Castel-Branco com “Para Ti”, um colar de pérolas em forma de
textos plenos de emoção, e pura e simplesmente senti-me arrebatada com o “Em Nome do Filho”.
Era óbvio que não podia deixar de ler este seu novo livro.
“Diz-me Só a Verdade” aborda novamente a vida de uma mulher,
que mesmo lutando contra as adversidades que a vida lhe lançou desde menina,
acaba por abraçar o seu destino junto de alguém que também não lhe dá o valor
devido. Mas muito mais que um simples romance, este livro é também uma crítica
velada à sociedade dos nossos dias e à forma como muitos se comportam. Actual e
um pouco controverso, “Diz-me Só a Verdade” é mais um livro de Luísa
Castel-Branco que prima pela qualidade da escrita e pela boa organização de um
enredo.
Para dizer a verdade, li-o num só dia. É assim que escreve
Luísa, de uma forma fluida, cativante e envolvente. Ao leitor apenas resta sentar-se
confortavelmente, talvez com uma chávena de chá na mão, relaxar e deliciar-se
com mais uma belíssima história.