Podia ter acontecido por causa de um desastre natural, o terramoto. À falta dele, aconteceu o que bem sabem, está a passar em todos os canais.
Acabam-se os sítios para ocupar, que os sítios estão a deixar de ser sítios, estão a desaparecer os lugares do mundo. Sente-se o tempo a doer-nos sem darmos por ele a passar. Tudo está perfeito como está, por pior que esteja, o futuro não é coisa que se leve até ao fim.
Folhagem que rasga o asfalto, explosões da alma e do coração. Sol a fugir do fumo e uma mulher manchada de sangue. Um bebé protesta antes de nascer. Dois homens abandonam uma irrepreensível vontade de ter medo da mudança.
Portugal está cheio de crimes violentos, paixões loucas e boa pastelaria. A Europa, o mundo inteiro, é isto: as pessoas vão morrendo aos poucos, às vezes morrem muitas de uma vez.
O mundo acaba com um encolher de ombros.
Em breve duplo passatempo aqui no blog!