Pasquale é um italiano sonhador. Tem 20 anos, vive numa aldeia costeira no mar da Ligúria, é dono do hotel local. Está na praia no dia em que uma inesperada hóspede chega de barco. É uma americana alta, frágil, de uma beleza aparentemente banal. Vai caminhando hesitante pelo cais, aproxima-se, até que se vira e o olha de frente. E o seu rosto, visto no ângulo certo, é o rosto perfeito. E o momento, aquele momento - perceberá Pasquale mais tarde -, vai durar uma vida inteira. Desde a primeira página, percebemos que A Bela Americana é um romance invulgar. Porque nos dá a ler um diário perdido, de cortar o coração. Porque nos fala de um músico vergado ao álcool e desesperado por se reencontrar. Porque nos revela um Richard Burton torturado pelo amor de Elisabeth Taylor nas filmagens de Cleópatra. E porque todas essas personagens, tão imperfeitas, tão impossivelmente românticas, estão misteriosamente ligadas umas às outras. E todas elas existem apenas porque, um dia, a bela americana desapareceu sem deixar rasto. E porque um italiano sonhador, passado meio século, cruzou o Atlântico na esperança de a reencontrar. Jess Walter assina aqui o seu melhor romance até à data. Traduzido em 28 países, A Bela Americana foi incluído na selecção de Melhores Livros do Ano.
Sobre o autor:
Jess Walter escreveu oito livros, alguns dos quais chegaram ao primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. Foi finalista do National Book Award em 2006 e, no mesmo ano, finalista do prémio PEN Literary nas categorias de ficção e não ficção; recebeu, em 2005, o prémio Edgar Allan Poe. O seu trabalho está traduzido em 30 línguas e os seus contos foram publicados em várias publicações, como Best American Short Stories, Harpers e Esquire. O autor vive com a mulher e os três filhos na mesma casa onde cresceu, no estado de Washington.