Bem, relativamente ao livro, só posso dizer que é tão belo quanto assustador. É incrível como a autora consegue transmitir tão bem a confusão mental em que vive uma pessoa com Alzheimer. Nós próprios somos confrontados com essa confusão no início do livro, pelo que muitos poderão dizer que o livro é que é um pouco confuso no princípio. Mas não. É mesmo assim. Uma espécie de apresentação informal à doença.
Depois a autora vai alternando a narrativa entre Ben, esse homem tão ativo e pleno de vida, a quem foi recentemente diagnosticada a Doença de Alzheimer, e a sua mulher, o seu amor, a sua cuidadora.
Adorei os pormenores da história. Os bilhetinhos que ele deixava a si próprio para se lembrar de pequenos pormenores tão importantes, como o nome da mulher, das filhas e dos netos.
Partiu-se-me o coração com o desespero silencioso de Renny, que vê o marido desaparecer perante os seus olhos. E a coragem de Jess, uma das suas netas. Que o vigia sem que ele se aperceba. Comovente.
Esta família, que luta diariamente contra um inimigo invisível, já teve a sua dose de tristeza e dor, quando uns anos antes uma das filhas de Ben foi assassinada.
Mas Ben ainda não terminou o seu caminho. O seu amor pela família impele-o a tomar as rédeas da sua vida e ele só espera conseguir lembrar-se do que tem a fazer quando chegar a altura. E a altura acaba por chegar...
Apesar do expectável, a autora consegue surpreender-nos. O final é extraordinário!
"O Brilho Azul das Estrelas" é um relato maravilhoso e arrebatador sobre uma família dilacerada pela dor, mas que a todos os custos tenta sobreviver agarrando-se ao amor que a une.
Um livro extraordinário que recomendo.
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