Sou uma grande fã deste
género de livros – o thriller psicológico – por isso foi com muito entusiasmo
que iniciei esta leitura. E não me arrependi. Algumas horas de leitura depois, espaçadas
com grande esforço, terminei com um sentimento de satisfação. Mais um bom livro
para a minha biblioteca!
Na capa, lê-se:
Um marido amoroso ou um assassino sem coração...
Ela sabia, não sabia?
Ela sabia, não sabia?
E logo aí ficamos com a
pulga atrás da orelha. :)
O livro aborda a vida de
uma mulher que se encontra a braços com a atenção indesejada da
polícia e da imprensa. O seu falecido marido havia sido acusado do rapto e
assassínio de uma criança de dois anos – Bella – e embora tenha sido ilibado,
pistas mais recentes continuam a dá-lo como principal suspeito.
A questão que todos
colocam é se ela sabe o que aconteceu. E se sim, onde está Bella, a adorável
menina de 2 anos.
O leitor é manipulado
mesmo até ao final. Vamos sabendo o que aconteceu através das narrativas de
diversos intervenientes, ora no presente, ora no passado – Jean (a mulher),
Glen (o marido), Bob (o detetive) e Kate (a jornalista) - e com as migalhas que eles nos dão vamos
reconstruindo a vida de Glen, e o que terá acontecido à pequena Bella.
Neste livro, tal como
acontece com o leitor, a verdade é também manipulada. E é torcida, esmiuçada e
escondida. Adorei o crescendo até ao final, e à medida que nos vamos
apercebendo que monstro era Glen, e as nossas certezas (e incertezas) vão crescendo.
Mal consegui intervalar a leitura.
Na realidade, a autora
conta-nos uma história extremamente simples. Apenas a forma como ela o faz, e
que faz toda a diferença, é tudo menos simples. O facto dela ter sido
jornalista de um daqueles tablóides ingleses (o Daily Mail) acho que faz toda a
diferença. Não pela forma como escreve, mas pelo conhecimento que possui do
meio onde se desenrola a ação.
Adorei!!! É um dos meus
policiais favoritos deste ano!