É sem duvida uma leitura fenomenal. Não só a autora escreve com uma vividez impressionante, como não deixa nada em águas paradas, salta de cenário em cenário com agilidade, que para quem lê é quase como se estivéssemos a ver um filme. As personagens são tão verosímeis que temos a sensação que foram reais. No entanto, nem a vila onde se passa parte da ação existe (Carriveau). Eu fui ver. ;)
Mais uma vez, tenho como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial. Mas desta feita, em França e vista por um lado mais feminino. As mulheres que ficaram para trás, cheias de esperança que a guerra se resolvesse rapidamente e que os seus homens regressassem sãos e salvos, são as mesmas que meses mais tarde tentam sobreviver estoicamente à invasão das suas vilas, casas e camas pelos alemães.
Vianne e Isabelle são duas irmãs cuja relação nunca foi das melhores. Orfãs de mãe e emocionalmente negligenciadas pelo pai, vêem-se envolvidas numa guerra que lhe entrou porta adentro. Enquanto uma tenta sobreviver à invasão da sua pequena vila, acolhendo contrafeita um oficial alemão na sua casa, e consegue ir ajudando crianças judias a evitar os campos de concentração, a outra aventura-se para mais longe, aliando-se ativamente à Resistência e ajudando a salvar aviadores ingleses e americanos que caíam em território francês.
Ao longo da narrativa é certo, encontramos alguns clichés e lugares comuns sobre França e os franceses, mas, verdade seja dita, em termos gerais, é um livro extremamente bem elaborado que arrebata o leitor e o leva pela mão desde os primeiros dias da guerra em França até ao seu fim.
Kristin Hannah, com este O Rouxinol, entrou no meu coração e agarrou-se a ele com unhas e dentes. Tão cedo não a deixarei partir. Preciso de ler mais livros desta autora que escreve com tanta graciosidade e realismo. Muito bom!
Para mais informações sobre este livro convido-vos a visitar a página do mesmo no site da Bertrand » aqui.