"Lá, Onde o Vento Chora" de Delia Owens (OPINIÃO)

Ao tentar escrever esta opinião, dei comigo com a mente completamente em branco sem saber o que dizer sobre este magnífico livro. Decidi escrever algo, mesmo assim. É raro eu ficar sem palavras para descrever como um livro me fez sentir. Há sempre qualquer coisa, um clique que me leva a escrever algo e a partir daí desenvolver a minha opinião. Com este, no entanto, só me vem à mente uma praia deserta e uma jovem de cabelos revoltos ao vento, alimentando as gaivotas. Se tentar aumentar o foco um pouco mais, consigo visualizá-la a percorrer o pantanal com o seu esquife, contornando os troncos das árvores e em perfeita comunhão com a natureza, com aquele lugar, ou apanhando penas para a sua coleção. Porque na realidade foi isso que Delia Owens fez... pintou quadros com as suas palavras. Quadros que se cristalizaram na minha memória, e fosse eu tão hábil com um pincel como sou com as palavras, conseguiria reproduzir o que ela deixou impresso na minha mente.

Lá, Onde o Vento Chora é uma obra magnífica. Não só a história é incrível, como está escrita de forma absolutamente maravilhosa. É de um requinte e suavidade tal, que nos leva a ler e reler várias vezes os mesmos parágrafos, as mesmas frases. É como se Delia tivesse escrito uma história em forma de poema. Quase que sim. Acreditem.

O que eu não posso crer, é que esta mulher, uma zoóloga de profissão, teve este dom escondido durante tanto tempo, e só agora, aos 74 anos publica o seu primeiro livro. Talvez seja o caso do livro de uma vida, embora não seja autobiográfico. Não sei. Sei é que gostaria de ler mais desta autora.

Sobre a história em si, só posso dizer que está muitíssimo bem construída. Tem todos os elementos necessários para nos manter presos à narrativa, e abrange vários géneros: um drama, um romance, e por incrível que pareça, um mistério policial. A história de Kya, a miúda do pantanal, parte-nos o coração, mas simultaneamente, a sua coragem e resiliência transformam-se num hino à vontade de sobreviver. O seu isolamento e a sua comunhão com a natureza são algo extraordinário, que fazem de Kya uma personagem inesquecível. 

Este é um livro que não queremos que acabe. Uma história que recordarei com carinho e uma escrita à qual irei sem dúvida voltar de vez em quando. Não podem mesmo deixar de o ler. 

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