Após esta introdução sobre a família Goldbaum, a autora começa então a introduzir os detalhes sobre a relação entre Albert e Greta, e da habituação desta à vida e aos costumes em Inglaterra. Simultaneamente, vai-nos relatando a evolução politico-económica na Europa até ao culminar, poucos anos depois, da crise com o começo da I Guerra Mundial.
A narrativa passa então a centrar-se em três frentes: uma, a de Greta em Inglaterra e como acaba por contribuir para o esforço de guerra; outra a de Otto e Henri (irmão e primo de Greta) que de repente se vêem envolvidos na própria guerra, embora como oficiais; e finalmente Albert, igualmente envolvido no quadro de guerra, mas depois enviado como representante para os EUA, tentando conseguir a sua colaboração económica, de forma a custearem o conflito.
"O objetivo de fazer uma guerra, e de preparar uma guerra, é ganhar dinheiro."
Este romance é muito interessante pela história da família Goldbaum (ao que parece inspirada na família Rothschilds), mas igualmente pela conjuntura apresentada, e ao fim e ao cabo, a história do dinheiro que rodeia qualquer conflito entre países. “O dinheiro não tem passaporte e tem todos os passaportes (...) Não respeita fronteiras. Tal como a água, o dinheiro abre o seu próprio caminho."
É um livro muito interessante que poderia facilmente ter-se tornado aborrecido, com tanto facto e informação. No entanto, a autora soube habilmente pontuar os dados verídicos com algum romance, incluindo a fabulosa personagem de Greta e a sua paixão adquirida pela jardinagem. Muito bom!