Opinião: "O Enigma do Quarto 622" de Joël Dicker

Foi o primeiro livro que li deste autor, e atenção, que valente estreia! Uma lufada de ar fresco na ronda dos policiais. Sim senhora, este homem sabe escreve, inventar, dar a volta, rodopiar e fazer o pino. Meu Deus! 

Não sabia o que ía encontrar, mas sabem, veio mesmo a calhar, pois sentia-me a precisar algo diferente... (Ambrósio?) 

E realmente, o Sr. Joël Dicker entregou-mo. 

É uma história com várias histórias que se entrelaçam entre si, e que até acho que devem ter um pouco de verdade, como todos os bons autores o fazem. Uma pessoa começa a ler, e de repente já passou não sei quanto tempo e já vamos nas cento e tal páginas. Fulminante, a escrita deste autor. 

O livro podia ser um pouco mais pequeno, porque andar para trás e para a frente com aquelas seiscentas e tal páginas, por muito entusiasmantes que sejam, é cansativo. Mas de cada vez que o abria e começava a ler, a minha mente voava para onde o autor me levasse e tudo o resto fugia, inclusive o tempo. 

Há quem diga que este é o pior livro deste autor, e se assim é, tenho mesmo de ler outro rapidamente. Dizem também que é uma homenagem ao seu editor, Bernard de Fallois, recentemente falecido, e na verdade, fiquei a desejar ter conhecido tal personagem, pois parece-me ter sido um homem fascinante. 

Para mim o verdadeiro enigma deste livro é que se assemelha a uma escada em caracol, que nos leva a diferentes pisos onde existe informação importantíssima sobre a própria história. E a cereja no topo do bolo é sem dúvida o último piso. Deslumbrem-se. E mais não digo. ;)

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