Nicholas Sparks entrou nesta categoria há uns anos. As suas
histórias tinham um selo de garantia que a mim muito me agradava. Quer fosse
para intervalar leituras mais sérias, quer fosse para pura e simplesmente me
deixar levar pelo romantismo. Ultimamente, deixei de me sentir “obrigada” a ler
Nicholas Sparks, pois as histórias saíram um pouco daquela fórmula que ele
utilizou durante muitos anos. Continuam a ser histórias onde prevalece o
romantismo, mas ele aborda com mais alguma profundidade temas mais ou menos sérios,
entrelaçando-os com o romance.
Neste livro, o autor aborda o transtorno do stress pós-traumático,
do qual a personagem principal sofre em elevado grau, mas aborda também a
produção de mel e a manutenção de uma colónia de abelhas mesmo ao pormenor, o
que achei muitíssimo interessante.
A escrita de Nicholas Sparks parece-me mais sóbria, mais
adulta. Não tão superficial, se é que me faço entender. As descrições dos
lugares continuam encantadoras como sempre, levando-nos com facilidade ao local
onde as cenas se desenrolam. Isso é algo que ele continua exímio a fazer.
Seja como for, a história flui com rapidez e foi um prazer acompanhar
os dias de Trevor Benson, e a sua evolução para lá do TSPT, a pequena e fugidia
Callie e o grande mistério que a envolve assim como ao avô de Trevor, e também
Natalie, a sua relação com Trevor, para lá do segredo que esconde no coração.
Um livro que foi um prazer folhear e que recomendo para quem necessite de uma boa história para fugir da realidade dos nossos dias.
P.S. Adoro a capa.