Opinião: "O Infinito num Junco" de Irene Vallejo

Toda a gente sabe que os "maluquinhos dos livros" (tipo eu) adoram ler sobre livros, livrarias, bibliotecas, livreiros, bibliotecários, leitores, enfim tudo o que envolva este objeto maravilhoso que nos dá a volta à cabeça: o livro. 

Pois, meus amigos, este é muito provavelmente um dos melhores livros que li sobre a história do próprio livro. 

Através do maravilhoso trabalho de Irene Vallejo, ficamos a conhecer a invenção do livro, o nascimento do próprio objeto como recipiente de palavras, a sua evolução através dos tempos e, obviamente, a sede de leitura que surgiu nos nossos antepassados e que persiste até hoje. Ou não fosse esta uma indústria de milhões.

Irene Vallejo transforma a história do LIVRO numa aventura, permitindo-nos ficar a conhecer intimamente o objeto. Desde o fumo, passando para a pedra, a argila, o junco (daí o nome, pois era de juncos que os papiros eram feitos), para a seda, depois pele, árvore, plástico e hoje em dia, luz.
Ironia das ironias, comprei este livro em formato digital e senti-me parte da História.

"O Infinito num Junco" é o melhor título que esta obra poderia ter. Leiam e vão entender porquê.

Um livro que deveria fazer parte do curriculum de todo o leitor.
Recomendo sem hesitações.

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Deixo-vos a sinopse:

A Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.

Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.

É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.

Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.

Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir - contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.

É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.

Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo, La Vanguardia e The New York Times (Espanha).

Em www.bertrand.pt

O clube de leitura do meu coração.

 
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