Esqueçam tudo o que pensam que sabem sobre este livro. Não tem nada a ver! Ok, a história anda para trás. Sim. Mas é só isso. Nada mais neste livro é parecido com algo que tenham visto ou lido. Falaram-me no filme O Feitiço do Tempo, com o Bill Murray, que por acaso detestei. Mas nem a história desse filme chega aos calcanhares deste livro. Acreditem.
Tudo começa quando uma mãe presencia uma cena impensável: o seu filho acaba de assassinar um homem mesmo à porta de casa. Como qualquer mãe ela vai tentar perceber o que acabou de acontecer, mas a situação atropela-a e de repente o filho está algemado, a ser levado num carro de polícia para a esquadra. Mal consegue acreditar. Um jovem com o futuro comprometido. O seu filho de apenas 18 anos. Mas porquê?
Exausta, vai dormir. E quando acorda, não é o dia seguinte. É o dia anterior.
Isto é mais ou menos o que podem ler na sinopse. E é realmente a introdução à história. Depois, o que acontece é depararmo-nos com uma leitura que nos deixa à beira da loucura a tentar descobrir as onde encaixam as peças de um puzzle impossível de montar.
"No Sítio Errado, à Hora Errada" é um thriller psicológico do mais alto nível. Viciados na leitura não conseguimos quase pousar o livro e estamos sempre à beira de querer ler o fim para enfim, tudo entender. Só que não é assim tão fácil. Há que seguir, capítulo a capítulo. E com Jen, a mãe do jovem assassino, vamos analisar todo o percurso da sua vida, debruçando-nos sobre temas tão comuns como a maternidade, o trabalho, as relações amorosas e a culpa.
Com reviravoltas impressionantes, este foi um livro que me surpreendeu bastante, e que me conquistou continuamente, arrebatando a minha alma de leitora de thrillers mesmo até ao fim.
Recomendo, sem hesitações. E de preferência, que o leiam, sem grandes aprofundamentos prévios sobre a história.