Às vezes ler um novo livro de um autor que já conhecemos é
como reencontrar um velho amigo. Um amigo cujos tiques e manias conhecemos tão
bem. Um amigo em quem podemos confiar. Com quem podemos contar. Que não nos vai
desapontar.
Li “A Baía do Desejo” e adorei. Depois devorei “Um Violino na Noite” e finalmente fiquei encantada com o “Retrato de Família”. Por essa
altura, na Feira do Livro de 2011, conheci Jojo Moyes pessoalmente. Estive um
bom bocado à conversa com ela, o que foi realmente um prazer. E fiquei à espera
de um novo livro, que finalmente chegou.
“A Última Carta de Amor” é uma história
lindíssima, muitíssimo bem contada e apresentada de uma forma que, se
inicialmente nos confunde, passado um ou dois capítulos, faz todo o sentido.
Jojo é daquelas autoras que leva-nos o leitor pela mão até
ao fim da história, quase criando um vínculo único e original.
Com um tom ora meigo e suave, ora urgente e desesperado, a ação
vai saltitando entre a vida de Jennifer na década de 1960, e Ellie, quarenta
anos depois. É engraçado como algo que num dos casos consideramos imoral, no
outro é-nos impossível de não achar natural. Falamos obviamente de
infidelidades - talvez seja esse mesmo o tema “oculto” deste livro, não consigo
ter a certeza… A verdade é que o Amor salta muito mais à vista. Talvez se
aborde de uma maneira algo subtil, a diferença entre o Amor e a Paixão. Ou
entre o Amor e o Sexo. É como vos digo, não sei. Fica ao vosso critério, sim? Leiam
esta história lindíssima e cheguem às vossas próprias conclusões. Porque afinal
de contas, o que um livro pode crer dizer para uma pessoa, pode não crer dizer
o mesmo para outra pessoa.
O que não há forma de negar é que é mais uma excelente obra
desta autora por quem eu sinto um grande carinho.
Obrigada Jojo por mais um maravilhoso livro!
P.S. Continuo à espera que chegue a Portugal o The Ship of
Brides. ;)
Para mais informações sobre este livro espreitem aqui ou visitem o site da Porto Editora.