Quantos silêncios e quantos sonhos cabem no peito de um homem?
Sinopse:
Nascido para ser pastor, Rodrigo viveu a infância com os
seus pais e irmãos numa velha cabana isolada na montanha, tendo desde cedo
aprendido o silêncio, bem como a dor e a saudade, pela morte do irmão mais
velho na guerra do ultramar. Os seus melhores dias foram passados na montanha
com o avô Josué, a quem chamavam Celtibero, e na escola primária, onde conheceu
os primeiros amigos e se deixou enfeitiçar por uma moira encantada. Rodrigo
sonhava para si uma vida diferente, o avô incentivava-o a contrariar um destino
que parecia certo, incitava-o a partir e correr mundo. Ouviu palavras idênticas
a um homem que apareceu na montanha a tocar um tambor para os ancestrais. Um homem que se viria a revelar primordial na
sua vida, quando dilacerado pela angústia de ter de tomar uma decisão, foge de
casa para viver na cidade grande, sem nunca mais dar notícias à família. Num
mundo de cimento e rostos fechados, Rodrigo aprende que a solidão pode estar em
todos os lugares, ainda que rodeado de gente. É salvo pelo amor que encontrou
junto da rapariga que guardava no seu coração desde a infância. Volta à sua
montanha, muitos anos depois, aquando da morte da sua mãe. Voltará a tempo do tão desejado perdão?
Saberá a sua montanha dar-lhe a paz que tanto procurou? Num tom poético e intimista, este é um
romance com personagens inesquecíveis, que nos fala diretamente à criança que
já todos fomos, relembrando-nos verdades simples e preciosas.
Rui Conceição Silva nasceu em 1963, em Figueiró dos
Vinhos, onde reside.
É casado, tem dois filhos e dois netos, que fazem dele uma
das pessoas mais ricas do mundo. Apesar de ter vivido em grandes cidades, é na
sua terra que se sente completo. No convívio com a natureza e com as pessoas
das aldeias e das pequenas vilas em redor encontra a inspiração para os seus
livros.
Reformado da banca, sobram-lhe finalmente horas para os seus
prazeres maiores: ler, escrever, ouvir o chilrear dos pássaros, sofrer com
jogos da bola e saborear um bom prato de bacalhau.
A criança que esconde no peito acredita que os livros são
coisas vivas. Que, quando a noite cai, falam uns com os outros nas bibliotecas,
contando histórias de nós, os simples mortais. Afinal, a vida é um livro em
aberto, onde acontecem muitas das palavras do mundo.
Deste Silêncio em Mim é o seu terceiro romance, depois de
Quando o Sol Brilha (2015) e Dei o Teu Nome às Estrelas (2018).