"Pedaços de Ternura" de Dorothy Koomson

É um livro lindíssimo, uma história poderosa que nos transmite grande sabedoria, que nos faz repensar a vida, que nos mostra aquilo que já sabemos sobre o que é verdadeiramente importante.
Não posso deixar de me maravilhar com esta autora que me conquistou desde o primeiro livro.

Fica aqui uma das minhas passagens favoritas:


«- Eu tinha imensas convicções antes de ter filhos - declarou. - Foi então que aprendi que a vida pode ser bem difícil e que tudo se torna muito mais fácil se deixarmos de estar sempre a lutar.
- Ah, não, sabe - disse eu, passando a mão pelas costas da cadeira de Summer -, eu quereria sempre que os meus filhos tivessem convicções sólidas. Mesmo que não fossem iguais às minhas. Quereria que conhecessem algo além do mundo que os rodeavam que não tivessem de ficar de braços cruzados e conformar-se por ser fácil, que tivessem a capacidade e o direito de promover a mudança. Se tivesse uma menina, quereria que ela soubesse que pode ser o que entender e que não tem de depender da aparência, das roupas, do cabelo ou da maquilhagem para se definir enquanto pessoa ou para conquistar o respeito dos outros. Quereria que ela soubesse que tem o direito de ser respeitada ou notada por ter nascido. Não estou a referir-me a todos esses disparates feministas, mas sim ao facto de a minha filha crescer, sabendo que tem o direito de ser bem tratada apenas por ter nascido. - Agora já não ía conseguir parar de falar. - Se tivesse um menino, educá-lo-ía de modo a saber que ser  homem é sentir-se bem consigo mesmo. Nada dessas tretas machistas, mas sentir-se tão à vontade que não precisa de desrespeitar a outras pessoas ou de as rebaixar para se sentir bem. Não é preciso fazer o que os outros fazem para ser homem. Ele poderia acreditar no que quisesse, pensar o que quisesse, ser o que quisesse sem se preocupar com a sua masculinidade. E faria com que o meu filho, rapaz ou rapariga, soubesse que não precisa de tolerar ser maltratado. Nunca. Nem de fazer algo só porque todos os amigos o fazem. Se queremos mudar o mundo para melhor, as crianças têm de saber que podem fazê-lo sentindo-se bem consigo mesmas e ajudando os outros.»

Mais palavras para quê?


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