"O Cônsul Desobediente" de Sónia Louro


Nem Salazar, nem Cunhal, nem Vasco da Gama, nem Afonso Henriques. O maior português de sempre foi... Aristides de Sousa Mendes.

Sinopse:
Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes, e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 vidas, ousou desafiar as ordens de Salazar.
Cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra, é procurado por milhares de refugiados para quem um visto para Portugal é a única salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães. Infelizmente, Salazar, adivinhando as enchentes nos consulados portugueses, proibira a concessão de vistos a estrangeiros de nacionalidade indefinida e judeus.
Sob os bombardeamentos alemães, espremido entre as ameaças de Salazar, as súplicas dos refugiados e sua consciência, Aristides sente-se enlouquecer. E então toma a grande decisão da sua vida: passar vistos a todos quantos os pedirem. Salvará 30.000 inocentes mas destruirá irremediavelmente a sua vida.

A minha opinião:
Até há bem pouco tempo não fazia ideia de quem foi Aristides de Sousa Mendes. Não imaginava o acto grandioso que levou a cabo, nem os resultados dessa atitude. Aristides de Sousa Mendes optou por desobedecer a uma ordem de Salazar e levou a cabo uma das maiores acções de salvamento orquestradas na Europa, aquando do inicio do terror nazi.
Pela sua mão consta-se terem sido salvas cerca de 30 mil pessoas. Apesar de saber que as suas acções teriam repercussões não hesitou… e na verdade acabou por morrer na miséria, tendo sido remetido à indiferença pelo estado português. Só há bem pouco tempo é que lhe foi dada a devida importância, e finalmente pudemos conhecer o carácter de um verdadeiro herói.
Devo ressalvar no entanto que não me agradou particularmente a forma como a história foi narrada pela autora, Sónia Louro. Ela optou por intercalar o percurso de vida do consul, desde a mais tenra idade, com os acontecimentos dramáticos que o tornaram conhecido. Talvez tivesse tornado a leitura menos "maçuda" se houvesse um desenrolar natural da história da vida de Aristides.
Mas é sem dúvida uma história a não perder.
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