Por norma, assim que termino a leitura de um livro corro
para o computador mais próximo para escrever a minha opinião. Gosto de a
escrever a quente, ainda a saborear as últimas palavras do livro. É certo que
por vezes tenho de deixar assentar a poeira, interiorizando o que li, deixando
o que senti cristalizar-se dentro de mim antes de o passar para o papel.
Com este “A Culpa é das Estrelas”, porém, algo de estranho
aconteceu. Ando há dois dias com o livro de um lado para o outro sem conseguir
colocar em palavras aquilo que sinto. A sério! Terminei-o na 3ª feira e não só
não conseguia escrever uma única linha sobre ele, como não conseguia deixá-lo em
casa. Mas como tenho de o fazer, aqui estou eu numa tentativa, esperemos que não
frustrada, de escrever uma opinião.
Para ser sincera, a única palavra que me ocorreu assim que o
acabei de ler foi… UAU!
O meu marido estava perto de mim e perguntou, “Então?” (ele
sabe sempre quando um livro me toca de forma especial). Ao que eu apenas
respondi “Não sei.” - E a verdade era essa, não conseguia explicar-lhe o que
estava a sentir. “Não sabes como?”, insistiu ele. “Simplesmente não sei. Não
sei o que sinto, embora o meu peito esteja prestes a explodir, as lágrimas que
já deviam ter rompido continuem nas represas dos meus olhos, e a minha mente se
encontre a viajar a 1.000 kms por hora.” -“Só isso?”, rematou ele sorrindo, adivinhando logo qual irira ser a sua próxima leitura.
Agora três dias depois, sinto que já estou ligeiramente
distante daquele sentimento arrebatador que me tirou a voz da mão e apesar do livro continuar aqui ao meu
lado, acho que já consigo escrever um pouco sobre ele. Sem dúvida que a forma
como me tocou foi demasiado profunda.
Escrito com uma riqueza impressionante, bebi de cada sílaba
o máximo que pude. Li e reli vários parágrafos, só para poder apreciar a maravilhosa dança
das palavras, o jogo de sentimentos tão habilmente entrelaçados em cada frase.
Absolutamente genial!
A história podia ser apenas mais uma simples história. Banal,
até. Um pouco impressionante, talvez, ligeiramente propícia a roçar a
lamechice. Mas não é nada disso. Bem pelo contrário! aquilo que John Green faz com ela é fenomenal. E a conclusão a que chego é que quero mais. Quero
ler mais deste autor cujo dom não é contar histórias, mas sim encantar leitores
e permitir que as suas personagens ganhem asas e voem para fora do livro connosco a ver.
Estou conquistada, absolutamente rendida a este autor. Quero
mais.
Este é mesmo um dos melhores livros do ano.
Definitivamente a não perder.
Para mais informações sobre este livro fabuloso, podem
espreitar aqui ou visitar o blog “Livros com Sentido”.