Mas as famílias idílicas não existem. Das mais simples às
mais complexas, as relações familiares são sempre complicadas. E a única coisa
que nos pode salvar, é o amor.
Este livro conta-nos exatamente a história de uma família
grande e complicada que costuma a passar as suas férias de verão em conjunto,
na casa de família em Nantucket.
Os verões acabam por ser divertidos e cheios de peripécias, uma
vez que a etiqueta e o bom senso dita que certos sentimentos não sejam
divulgados, e certas atitudes perdoadas.
Este verão aparentemente não foge à normalidade, no entanto
certas situações acabam por sair fora de controlo e ameaçar a aparente paz
familiar.
A ação é marcada pelo temperamento e atitudes de cada uma
das personagens e garanto-vos não há um único momento de inatividade. Embora
cada personagem tenha o seu lugar, cada uma com os seus problemas e uma ou
outra questão a resolver, três personagens
se destacam: Nona, a matriarca da família, Helen, a sua nora e Charlotte, a sua
neta - cada uma delas com um grande dilema para resolver.
E é a própria matriarca da família, com os seus 90 anos e as
recordações de importantes acontecimentos do passado, que marca o ritmo do
desenrolar da história. Adoro esses saltos temporais que acabam por explicar tão
claramente a maneira de ser de certos membros da família. E não é sempre assim?
Os segredos que se escondem no passado acabam por ser os que resolvem os
problemas no presente?
De entre várias, há uma palavra em particular que para mim define
este livro: fascinante.
Gostei imenso de me ver envolvida nesta trama familiar e
apesar de todas as confusões e conflitos que acabam por se resolver, continuo a
desejar ter nascido numa família algo parecida com esta.
“A Casa dos Dias Felizes” é o título apropriado para este livro cuja deliciosa leitura não
devem perder.