Não foi por acaso que este livro me veio parar às mãos. O
Alzheimer é uma doença que me fascina e simultaneamente me assusta. É que esse
raio já caiu na minha casa… o meu pai.
É verdadeiramente inacreditável como uma doença pode
arrebatar alguém das nossas vidas sem que, na verdade, essa pessoa tenha desaparecido.
No entanto, tudo o que significa SER, desaparece, deixando em seu lugar um simples
invólucro. Oco. Sem vida.
Não foi, por essa razão, uma leitura fácil, mas sem dúvida
que foi muitíssimo interessante.
A evolução da doença propriamente dita está muito bem
utilizada, assim como se encontra bem explicada a dificuldade que normalmente
se tem em obter o diagnóstico correto precoce, quando na realidade isso seria tão importante
para ter algum sucesso no combate à doença.
Absolutamente fenomenal é a forma como o autor
consegue entrelaçar todos os aspetos do Alzheimer com um magnífico mistério!!
Adoro a frase que apresenta o livro:
«A história comovente de um homem arrastado para o passado
por uma doença que o despoja do presente.»
Mas apesar de extremamente clara sobre o que se passa ao
longo deste livro, não menciona a igualmente poderosa história que se esconde
no passado desse homem, Konrad Lang, e que aos poucos vai ressurgindo,
ameaçando tudo e todos.
Escrito com a mão firme de quem sabe prender um leitor, é um
livro extremamente assombroso. Quase que me atrevo dizê-lo… O melhor deste ano?
Sem dúvida!
Para mais informações sobre este livro podem espreitar aqui ou visitar a página do mesmo no site da Porto Editora.