Não gosto muito de fazer comparações, mas a verdade é que
depois de ler um livro como “Irmã” (ver a minha opinião aqui) é difícil evitá-lo.
Quando peguei no “Depois” as minhas expetativas eram altas.
Sabia que ía ter de encontrar a mesma qualidade de escrita que me conquistou no
“Irmã”, caso contrário iria ficar desiludida. E encontrei.
Novamente, Rosamund Lupton mostra a sua superior capacidade
de colocar em palavras o que é realmente o coração humano, com o seu lado bom e
o seu lado mau. Simultaneamente apresenta-nos um novo mistério para decifrar. E
apesar de desde o inicio ser fácil desconfiar desta ou daquela personagem, as
voltas e reviravoltas no enredo atiraram-nos de um lado para o outro, baralhando-nos
o escrutínio.
Acredito que os editores tiveram alguma dificuldade em
classificar o género deste livro. Drama? Policial? Thriller? Tudo isto se
encontra nestas 432 páginas.
Este é um livro que mexe com as nossas emoções. É impossível
ficarmos indiferentes. O vasto e rico leque de personagens que nos são
apresentadas numa das piores alturas das suas vidas, contribuem em muito para o
nosso encantamento. Partilham connosco diversas emoções, reavaliam relações,
redefinem as prioridades das suas vidas… É sem dúvida uma leitura absolutamente
envolvente e extremamente bem escrita. Se fiquei fã de Rosamund Lupton com “Irmã”,
este “Depois” veio reafirmá-la como uma das minha autoras favoritas.
A não perder!
