Sinopse:
Quando Isabelle acordou na sua rede, nas costas do mar de
Mazatlán, uma menina selvagem, de cabelo desgrenhado, fitava-a. Uma menina que,
graças ao carinho, à firmeza e à obstinação de Isabelle, aprenderá a falar, a
ler e a escrever; estudará zoologia na universidade, apesar da suspensão da
maior parte das cadeiras, e chegará a ser a maior empresária da pesca de atum
do planeta, assim como um dos seres vivos mais estranhos e singulares.
Inapta para certos aspectos intelectuais, em outros campos é
um autêntico génio, Karen Nieto, disposta a preservar a vida dos oceanos,
mergulha entre os atuns do mar e entre os seres humanos da Terra provocando
sorrisos e perplexidades. Talvez seja esta a sua virtude mais peculiar: é
incapaz de utilizar metáforas ou eufemismos para disfarçar ou ocultar a
realidade. Autêntica e surpreendente, Karen parece destinada a ficar muito
tempo connosco.
«Nasci na Cidade do México. Tirei dois cursos universitários,
Psicologia Clínica e Letras. Conto histórias, esse é o meu trabalho. Histórias
verídicas que narro pormenor a pormenor, e então chamo ao resultado jornalismo.
Histórias onde aos pormenores ocorridos acrescento pormenores que mereciam
ocorrer, então chamo ao resultado ficção. Histórias que se imprimem em papel ou
que levam a momentos de diversão no palco ou no ecrã.
O mar enche-me de entusiasmo. Neste sou a bípede pensante
comum: o mar iluminado de sol sobrecarrega o sistema nervoso de todos os
animais com energia vital. Passo metade dos meus dias perto do mar ou no mar.
Creio que existo por uma coincidência. Creio que é fascinante existir. Se
Descartes afirma «penso, logo existo», eu tenho a certeza de que primeiro
existo e depois (às vezes) penso.»
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