Passado e presente. Duas histórias que se unem através das duas
principais protagonistas. Uma tem noventa e um anos a outra apenas dezassete mas a ligação entre elas é extraordinária.
É interessantíssima a forma como as duas histórias, que aparentemente
nada têm a haver uma com a outra, se encontram. Inicialmente, nem percebemos
muito bem quem é a personagem principal da história que Vivien, a senhora da casa
onde a jovem Molly vai cumprir as suas 50 horas de serviço comunitário por ter roubado um livro da biblioteca. Será
a própria Vivien? Alguém da sua família? Ou apenas alguém que ela conheceu em tempos?
A conversa flui entre as duas à medida que vão organizando o sótão
da primeira, desenterrando velhas recordações. Aos poucos, intercalando com o
presente e por sua vez com a história de Molly, vai surgindo a história da vida
de Niahm, uma pequena emigrante irlandesa de 9 anos que em 1929 se viu sozinha no mundo após um incêndio que
lhe levou a família.
E aqui se inicia um relato emocionante sobre uma parte da História
dos E.U.A. por muitos desconhecida. Durante várias décadas, centenas de órfãos de Nova Iorque eram recambiados,
via comboio, para cidades e vilarejos do interior dos E.U.A.. Praticamente entregues
ao Deus dará, a sorte deles iriam depender dos pais que os escolhessem.
É uma história fenomenal e muito bem escrita. Aliás, é mesmo
aquele género de histórias que ficaria arruinada se assim não fosse. As
personagens secundárias também estão muito bem estruturadas, servindo de bom
apoio para ambas as histórias. Há cenas que nos horrorizam e que eram impensáveis
que acontecessem hoje em dia. Mas será que não acontecem mesmo?
Um livro emocionante, terno e bastante elucidativo. Adorei
esta leitura! É mesmo um livro a não perder.
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