"Doidos por Cães" de Meg Donohue (opinião)

Com este livro ri e chorei. Lembrei-me de todos os cães que até hoje fizeram parte e enriqueceram a minha vida. Aproveito a oportunidade para aqui as recordar... 
- A Nina, uma podengo, que viveu muito para além do normal (devia ter quase 20 anos quando teve de ser abatida). Foi a cadelinha da minha adolescência, mas acabou por ser mais dos meus pais do que minha.
- A minha querida Blue, uma Flatcoat Retriever que resgatei da rua e de uma vida de maus tratos e que 2 meses depois me brindou com uma maravilhosa ninhada de 9 cachorrinhos. Foi a minha melhor amiga numa época muito difícil da minha vida. Nunca a esquecerei.
- A minha, já nossa, adorada Nikita (foto em baixo à esquerda). Ainda hoje a consideramos “a nossa primeira filha”. Ensinou-nos a ser donos conscientes e mostrou-nos que as etiquetas que se colocam a certas raças, não passam disso mesmo, títulos, muitas vezes enganosos. Se houve cão mais doce e simpático que já conheci, foi ela. Deixou-nos muitas saudades ao rumar para o Jardim do Arco- Íris com apenas 7 anos.
- A nossa atual cãopanheira, uma labradora dorminhoca e distraída chamada Luka (foto em baixo à direita), que se tornou numa excelente companheira de brincadeira do nosso filho.
Todos eles tiveram, e no caso da Luka, têm, um espaço na minha vida e um lugar no meu coração. Sou doida por cães? Sim, acho que posso dizer que sim. Por essa razão (e pela capa tão adorável!) achei que não podia perder esta leitura.


Mas este livro não é apenas para quem gosta de cães e sobre cães. Na verdade, a autora, que nos conquista com a sua escrita logo nas primeiras páginas, consegue incorporar numa história leve e divertida, alguns assuntos bastante sérios, que merecem uma certa reflexão. Um deles é a perda, quer humana quer canina, e a forma como reagimos à mesma; o outro, que é na realidade um dos grandes males do século XXI, é a ansiedade, e os problemas que podem advir daí.

(...) uma das coisas mais dificéis de perder alguém que amamos é que temos de nos dar a oportunidade de procurarmos e aceitarmos conforto noutras áreas da nossa vida.(...)

E o que poderão ter os nossos amigos de quatro patas a ver com estes problemas? É isso que vos convido a descobrir lendo a deliciosa história de Maggie, uma jovem terapeuta que ao perder o seu próprio cão, vê a sua vida de pernas para o ar, e passa a precisar da ajuda que tanto disponibiliza para os seus pacientes.

É um livro lindíssimo, uma verdadeira aventura entre patas e narizes molhados, lambidelas e latidos de contentamento. Adorei! 
Em www.bertrand.pt

O clube de leitura do meu coração.

 
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