A vigésima sétima mulher de quem Irving fala, Anna Eliza Webb Young é uma das vinte e sete mulheres de Brigham Young (o segundo presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sucessor do seu fundador, Joseph Smith) e é exatamente ela a inspiração para este livro de David Ebershoff.
Pegando na história de Anna Eliza Webb Young, o autor cria uma história paralela mas atual, a história de Jordan Scott. Jordan é um dos muitos jovens expulsos da sua comunidade ao chegar à puberdade. Anos mais tarde regressa com o objetivo de descobrir a verdade por trás do assassinato do seu padrasto, uma vez que incriminada está a sua mãe, a 19.ª esposa desse homem.
Alternando entre o passado e o presente, incluindo alguns excertos do livro que Ann Eliza Webb Young escreveu em 1876, e publicações da época, o autor consegue apresentar-nos uma obra magnífica não só pelo seu rigor histórico, como pela força da narrativa, que carrega uma grande carga emocional, como sempre acontece quando se abordam temas tão polémicos quanto este, a poligamia.
Se não leram este livro na altura da sua publicação, façam-no agora. Vale mesmo a pena!