Neste livro, C.W.Gortner, um exímio mestre na arte de
ressuscitar grandes personagens femininas da História, consegue captar a essência
de Lucrécia, e apresenta-no-la quando ainda criança. Pela sua mão acompanhamos
o crescimento desta Princesa do Vaticano, a quem o pai chamava carinhosamente
de farfallina (pequena borboleta) e observamos a forte relação entre os dois que nunca esmoreceu ao longo dos tempos, nem com a interferência de outros. Ela
era a sua filha querida e mesmo mais tarde, quando já em declínio, Rodrigo
Bórgia ouvia e respeitava a sua opinião, embora nem sempre a seguisse.
Igualmente polémicos, os seus dois irmãos Juan e Cesar, contribuíram para a fama negativa desta família. E Lucrécia, como qualquer irmã, viu-se no meio da rivalidade entre os dois irmãos, tentando por água na fervura quando necessário, embora optando amiúde pelo seu irmão favorito, Cesar.
A meu ver, Lucrécia não foi mais do que o produto de uma época e de uma família ambiciosa. Uma jovem que teve de submeter à vontade de outros por forma a sobreviver numa Europa em constante agitação política. Não nos esqueçamos qual era o papel da mulher naquela época. Servia para forjar alianças, dar descendência e pouco mais.
A meu ver, Lucrécia não foi mais do que o produto de uma época e de uma família ambiciosa. Uma jovem que teve de submeter à vontade de outros por forma a sobreviver numa Europa em constante agitação política. Não nos esqueçamos qual era o papel da mulher naquela época. Servia para forjar alianças, dar descendência e pouco mais.
Peças, óperas, livros, músicas e filmes foram levados a cabo tendo como inspiração esta personagem, no entanto, julgo ter ficado a conhecê-la bem melhor pela mão de C.W. Gortner, este brilhante autor de romances históricos que já conquistou o meu coração de leitora.
Recomendo sem hesitações!