A leitura foi muito cativante. Fiquei presa logo após os primeiro parágrafos e dificilmente consegui pousar o livro. É horrível quando a vida e o trabalho se intrometem numa leitura, não é? lol
A narrativa saltita entre a rapariga que anteriormente foi inquilina na casa de Folgate Street, Emma, e a atual inquilina, Jane. Embora parecidas fisicamente, Emma e Jane não poderiam ser mais diferentes. As suas personalidades e maneiras de agir diferem e à medida que fui conhecendo ambas comecei a torcer o nariz à primeira e a sentir uma grande empatia pela segunda. No entanto, há algo que as une e que talvez por isso sejam as perfeitas candidatas para viver naquela casa: ambas foram vitimas de um acontecimento traumático recente que muito as fragilizou. No entanto, como não poderia deixar de ser, nem tudo o que parece é. E mais não posso dizer. Tem de ler o livro se querem descobrir mais sobre a história desta casa e do seu senhorio, personagem tão intrigante quanto fascinante. ;)
Gostei imenso da forma como o autor nos apresenta a história. O saltitar entre o passado e o presente, e a forma como estão escritos os capítulos, sempre na primeira pessoa, variando o narrador consoante a personagem, sempre Emma no passado e Jane no presente. Espero que, se algum dia este livro for adaptado ao cinema, o realizador ou o argumentista consigam captar essa característica, pois no livro resulta muito bem.
Muito ao género de "Em Parte Incerta" de Gillian Flynn ou "A Rapariga do Comboio" de Paula Hawkins, contendo um certo aroma a Mr. Grey, este é um livro que recomendo vivamente para os apreciadores do género.
