"Filhos à Venda" de Kristina McMorris (Opinião)

A meu ver, as expetativas são normalmente o grande inimigo de qualquer um livro. Ainda recentemente, falei com uma amiga que leu o “Recomeçar“ de Maria Dueñas como primeiro livro da autora, e que o adorou, coisa que já não aconteceu comigo. Como tinha lido (e adorado!) o “Tempo Entre Costuras” esse segundo livro da autora soube-me a pouco. Por essa razão tento não ler sinopses e opiniões sobre um livro, antes de o ler.

Mas no caso deste livro de que agora vos escrevo, "Filhos à Venda", aconteceu-me exatamente o oposto do exemplo que dei acima. Li de passagem o comentário de alguém que leu o livro e ficou desiludido. Percebi então que o título havia levado essa leitora ao engano. Parti então para a leitura do “Filhos à Venda” sem expetativas, pronta a ser surpreendida. E não é que resultou?

Assim sendo, aqui fica a minha opinião sobre este livro. Atenção que o próximo parágrafo pode conter alguns spoilers! O que acho que neste livro até é bom. Podem confiar.

A história centra-se na vida de um jornalista que está a tentar vingar no ramo nos Estados Unidos da América, no inicio dos anos 30, em plena época de recessão económica, marcada por altas taxas de desemprego, muita miséria e fome. Numa viagem pelo campo, depara-se com uma cena inimaginável - uma mãe a vender os filhos por não os poder alimentar. Decide tirar uma fotografia, só para o seu arquivo pessoal. No entanto, por portas e travessas, a foto chega às mãos do chefe de redação que o insta a escrever uma peça para acompanhar a foto. É a sua primeira grande oportunidade e Ellis Reed decide agarrá-la com as duas mãos. O problema é que o negativo da fotografia ficou danificado, e ele não tem outra opção a não ser tentar tirar nova foto às crianças. Só que ao regressar ao local descobre que aquela família já não mora ali. Decide então abordar uma família vizinha e tirar nova fotografia indo buscar a placa do anúncio à casa vazia e recriando a cena. O acontece posteriormente é que não vos conto. Apenas acrescento que o repórter vai tentar remediar os danos que incautamente provocou, e com isso acaba igualmente por encontrar a sua própria felicidade e salvação.


Esta foto, meus amigos, é verdadeira. E foi inspirada nela que a autora escreveu esta história.
Não fiquei grande fã da escrita da autora. Não sei se foi da revisão, da tradução, ou se dela própria, mas por vezes pareceu-me demasiado ansiosa. No entanto, lê-se bem e acabei por gostar muito do livro. A história está muito bem imaginada e as personagens são credíveis e estão muitíssimo bem enquadradas na realidade sócio-económica da época.

Acho que muitas vezes somos influenciados para adquirir um livro pela capa ou pelo título, ou pelos dois, mas é preciso ter cuidado, pois, tal como diz o ditado “as aparências iludem” ou “don’t judge a book by its cover”. No caso deste livro, garanto-vos que apesar da história não ser o que poderiam pensar por causa do título, é uma história muitíssimo boa, provavelmente muito menos lamechas do que seria, e mais abrangente. Adorei.

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