"A Andorinha e o Colibri" de Santa Montefiore

Ok. Vamos falar de títulos. Há títulos curtos (Compaixão, de Jodi Picoult), há títulos longos (A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo, de Stieg Larson), há títulos que fazem todo o sentido (O Menino que Não Gostava de Ler, de Susanna Tamaro) e há títulos que não têm nada a ver...
Alguém que tenha lido este livro me faça o favor de explicar o que é que o raio do colibri tem a haver com o assunto!!! É que nem se trata de uma "tradução livre" do título em inglês. Não! O título está traduzido à letra!
Está bem, eu entendo que ali no jardim de uma das personagens a magia estava no ar e era normal aparecerem pássaros fora da sua rota de migração... mas não se fala de colibris. Será uma analogia entre George, o aviador e Rita, a sua apaixonada? Não faço a mínima ideia.
E pronto, isto intrometeu-se na minha opinião do livro porque eu já nem conseguia pensar. Tinha de o tirar do meu sistema! lol Agora já está!

Adiante... sobre o livro só posso dizer que mais uma vez me senti fascinada com a forma com que Santa Montefiore nos apresenta os locais onde se passa a acção, nomeadamente o Sudoeste de Inglaterra (Devonshire) e uma vez mais, a Argentina, a bela e apaixonante Argentina, que tive o prazer de conhecer através do seu primeiro livro, A Árvore dos Segredos. Não há dúvida que esta autora se encontra eternamente dividida entre estas duas regiões, pois até agora, todos os romances que li dela saltitavam de um ponto para o outro.
Bem, a história em si, no entanto, pareceu-me desta vez, um pouco ultrapassada. A ideia de uma jovem que fica eternamente à espera que o seu amor regresse (mesmo depois de saber que ele casou com outra!) soa-me demasiado trágica e um péssimo exemplo para as mulheres, deixem-me que vos diga! Talvez fosse assim naquela época do pós-guerra, mas para mim, se o tal Sr. George a tinha trocado por outra, aquela D. Rita devia era ter dado a volta por cima, casar com outro, e arranjar maneira de lhe ensinar uma lição. Assim é que era! ;)
De qualquer das formas, é um romance muito lindo, com personagens fascinantes, tanto na família do lado de Rita, como na família de George.
Gostei.

(Já agora... outra pergunta para quem também leu este livro... a história da fulana americana - Susan - não vos soou demasiado falsa? lol)

Sinopse:
George partiu para a guerra. Rita, a namorada de infância, alegra-se com o seu regresso mas cedo percebe que o homem que amava mudou. Distante, guardando para si as histórias de guerra que o atormentam, aceita o convite da tia e parte para a Argentina. Não quer contudo que Rita o acompanhe. Ela promete esperar, mas muito acontecerá até ao seu regresso a Devonshire. Uma tocante história de amor e auto-descoberta entre a Inglaterra e a Argentina do pós-guerra. George partiu rapaz, regressa homem. Para trás deixou a pequena vila rural onde nasceu e onde planeara viver toda a sua vida (ao lado de Rita). Mas quando volta à terra Natal George não é já o mesmo. Inquieto, incapaz de assentar, decide aceitar o convite da tia que tem uma quinta na Argentina e parte sem a noiva de infância. Ela ainda promete esperar, e também ele espera voltar a apaixonar-se por ela, mas cada um vai viver a sua própria vida, em continentes diferentes. Voltará o destino a uni-los? Uma intensa saga de família, reveses, amor e reencontros, a envolver-nos do princípio ao fim de mais um romance assinado por Santa Montefiore.
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